Região sul de Minas perde 19% do potencial da safra de café de 2022

“A geada atingiu forte e danos consideráveis foram feitos”, disse o trader, enquanto o mercado global de café continua avaliando a situação no Brasil em meio a opiniões contrastantes sobre o quão ruim será a safra de 2022.

11 de agosto de 2021 | Sem comentários Mercado
Por: Por Marcelo Teixeira | Reuters News
NOVA YORK, 11 de agosto (Reuters) – O sul de Minas do Brasil perdeu 19% de seu potencial de safra de café para a próxima safra depois que uma onda de geadas em junho e julho atingiu a área produtora mais importante do maior exportador mundial, disse o trader de café Comexim na quarta-feira.
“A geada atingiu forte e danos consideráveis foram feitos”, disse o trader, enquanto o mercado global de café continua avaliando a situação no Brasil em meio a opiniões contrastantes sobre o quão ruim será a safra de 2022.
A projeção da Comexim é uma atualização de uma visão anterior do trader e exportador que estimava o dano potencial à safra em 12,5% para o Sul de Minas.
Também vê perdas potenciais de 13% para a safra de São Paulo, segundo maior produtor de café arábica do Brasil, de 13% para a área do Cerrado, outra importante região produtora de Minas Gerais, e de 11% para o Paraná, um produtor menor.
A safra de 2022 do Brasil seria um “ano” no ciclo de produção bienal do arábica, que alterna anos de maior e menor produção. A safra atual foi um duro “ano de folga”, já que a pior seca dos últimos 90 anos no país tornou a produção ainda menor do que o normal.
A Comexim acredita que os preços de referência do café arábica em Nova York KCc1 ainda não refletiram adequadamente os danos causados no Brasil.
“Os ventos calmos do mercado, que negociou na faixa relativamente estreita entre 171-182 centavos de dólar / lb na semana passada, nos faz pensar no que está acontecendo, porque os danos da geada apontaram para um mercado altista que ainda não se tornou realidade”, disse o comerciante.

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