Reconhecida como território que ganhou grande notoriedade na produção de café, a Região do Cerrado Mineiro se destacou no mercado e teve seu nome geográfico amplamente divulgado, ficando marcada como origem produtora de cafés de alta qualidade.
Este reconhecimento trouxe a necessidade de controle nesse tipo de produção, a fim de preservar a origem do produto e valorizar os produtores com a demarcação do território, que hoje é constituído por 55 municípios, possui uma colheita estimada em 5 milhões de sacas, provenientes do trabalho de cerca de 4,5 mil cafeicultores.
Diferentemente da Indicação de Procedência, a Denominação de Origem vai além características do território, valorizando e diferenciando também o produto. Para se conquistar uma Denominação de Origem é preciso comprovar aspectos únicos, possuir características que somente podem ser obtidas naquela origem, incluindo os fatores humanos além de fatores naturais como clima, solo, relevo e altitude. Ou seja, a soma destes fatores: naturais e humanos, formam o “saber fazer”, que deve ser exclusivo daquela região.
Foi assim que em 2010, com apoio do Sebrae e parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foi construído e depositado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) o pedido de Denominação de Origem para a região do Cerrado Mineiro para comprovar que os cafés produzidos são únicos, e que somente em solos desta área demarcada é possível se obter este produto.
A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido e inverno ameno e seco, com os cafezais cultivados entre 800 e 1.300 metros de altitude, conferem ao café produzido no Cerrado Mineiro uma identidade exclusiva e de alta qualidade. As características variam entre um aroma intenso com notas de caramelo a nozes, acidez delicadamente cítrica, corpo de moderado a encorpado, sabor adocicado com aspecto de chocolate e uma longa finalização.
Fonte: Mapa