fonte: Cepea

Região da Mantiqueira de Minas obtêm indicação de Denominação de Origem para seus cafés

Indicação Geográfica contribui para a sustentabilidade da cafeicultura brasileira

A Denominação de Origem Mantiqueira de Minas teve seu registro reconhecido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI para o café verde em grão e café industrializado torrado em grão ou moído, por meio de Certificado de Registro de Indicação Geográfica emitido em junho deste ano. O regulamento de uso dessa Denominação de Origem – DO estabelece normas e condições para a produção, processamento de pós-colheita, classificação, industrialização, embalagem e rastreabilidade desses cafés diferenciados, cujo valor agregado pode ser explorado comercialmente para atender consumidores que buscam seus atributos no Brasil e no exterior.

Nesse sentido, a DO Mantiqueira de Minas identifica cafés da espécie Coffea arabica L. que, entre outros requisitos, foram produzidos em fazendas localizadas nos 25 municípios que compõem a área de abrangência da Mantiqueira – Face Minas Gerais. Essa área delimitada possui extensão territorial de 6.317,38 km², com altitudes que variam de 812m a 2.252m, temperatura média anual de 17,9°C e precipitação média de 1.665mm.

Além disso, para atender aos demais requisitos do respectivo regulamento,  vale destacar que os cafés com a DO Mantiqueira de Minas devem, por exemplo,  ter sistema de produção com boas práticas agronômicas, que respeite a legislação ambiental e social, processamento de pós-colheita adequado e, mais que isso, apresentar classificação de no mínimo 83 pontos na avaliação organoléptica da bebida, pela metodologia Associação Americana de Cafés Especiais – SCAA. O certificado dessa DO e o regulamento completo dos cafés que obtém essa distinção podem ser consultados na íntegra na página do INPI.

Dessa forma, o reconhecimento da DO Mantiqueira de Minas, requerida pela Associação dos Produtores de Café da Mantiqueira – APROCAM, é mais uma conquista dos Cafés do Brasil que teve a contribuição da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG, Embrapa Café, Universidade Federal de Lavras – UFLA, Universidade de Brasília – UnB e Instituto Agronômico de Campinas – IAC, instituições integrantes e parceiras do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Essas instituições forneceram o embasamento científico por meio do desenvolvimento de pesquisas, com monitoramento de quatro safras consecutivas, que comprovaram a relação do ambiente com a qualidade e as características sensoriais dos cafés especiais produzidos na Serra da Mantiqueira em Minas Gerais.

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