15/03/2010
Por anos os cafeicultores de Apía, Guática, Marsella e Pereira, na Colômbia, vendiam seu café como padrão, ou seja, como um \”Café de Colômbia\” básico, sem entrar na categoria de especial e, assim, sem a possibilidade de conseguir sobrepreço de até 30%. Esse tema foi analisado no informativo \”Perfilação e Caracterização\”, desenvolvido pelo Comitê Departamental (Estadual) de Cafeicultores e Acdi Voca Operador de recursos do programa de cafés especiais do Usaid (Departamento Norte-americano para o Desenvolvimento) na Colômbia e divulgado ao longo do primeiro dia da segunda edição do Salão Internacional do Café, que se realiza no salão Expofuturo.
A tarefa realizada desde 2009, através de provas tanto em campo com variedade de unidade de solos e definição de perfis nos quatro municípios determinou que das 359 mostras recolhidas, 70% têm características para ser qualificado como especiais, apontou Hernando Tapasco, coordenador do Laboratório de Qualidade do Café. \”Cada mostra é representativa da propriedade, porém também de uma área.
O interessante do trabalho é que se buscou encontrar a complexidade, pois uma coisa é que o produtor realize boas práticas agrícolas e consiga revelar uma xícara limpa, outra coisa é encontrar perfis complexos com diversidade de sabores e aromas, que é finalmente o que buscam os clientes especializados\”, complementou.