04/12/2008 16:12:15 – Sebrae Brasil
Empreendedores do setor petroleiro participaram nesta quinta-feira (4), do encerramento do ciclo de palestras do café em Rede 2008, em Salvador
Cássia Montenegro “As situações de crise podem ser gerar grandes oportunidades para as empresas.” Quem afirma é José Alves, palestrante do café em Rede de 2008, promovido em Salvador pela Rede Petro Bahia, no auditório Luís Eduardo Magalhães, da Faculdade Universo. Em palestra para cerca de 60 empresários, ele destacou a necessidade de as empresas serem criativas e inovadoras neste momento, quando, mais do que nunca, é preciso contar com o espírito empreendedor do empresariado.
O café em Rede é uma iniciativa da RedePetro Bahia e conta com o apoio de instituições como Sebrae, Federação das Indústrias do Estado (Fieb) e das secretarias estaduais de Indústria, Comércio e Mineração e de Ciência, Tecnologia e Inovação. Trata-se de um ciclo de encontros de negócios mensais entre empresas do setor petroleiro atuantes na Bahia e empresas fornecedoras. Este último encontro de 2008 contou com a participação de empresas dos setores de petróleo e gás, automotivo, plásticos e tecnologia da informação.
Prevendo grandes mudanças no capitalismo, no padrão de consumo e no crédito, Alves acredita que os países emergentes terão um papel de destaque nessa nova ordem econômica mundial. Para ele, o Brasil não se encontra blindado, mas está numa posição muito mais confortável do que a maioria dos países, graças à política econômica adotada pelo governo até aqui que, entre outras medidas, manteve os juros altos, evitando assim, o consumo e o endividamento desenfreado como verificado nos Estados Unidos.
Quem compartilha dessa posição é o empresário Marcelo Jezler, dirigente da ETEP Indústria Metalúrgida Ltda., fabricante de máquinas e equipamentos para prospecção e extração de petróleo. “A crise existe, mas não vejo isso com tanto pessimismo. Para mim, o dólar alto freou a entrada de produtos concorrentes, como os produtos chineses, a preços mais baixos. Com o dólar alto, minha empresa se tornou mais competitiva”, avalia o empresário que tem a Petrobras como seu principal cliente, responsável por 80% de seu faturamento.
Mas nem todos concordam com isso, Para Nelson Kunieda, gerente técnico-comercial da Triflex, fabricante de termoplásticos, a situação é bem diferente. A crise financeira mundial, a greve dos bancos e a restrição ao crédito atrapalhando o giro financeiro são fatos que causaram prejuízos para as empresas. “Trabalhamos com o mercado interno, empresas de porte pequeno, sem cultura de exportação, e já estamos sentido o efeito da crise”. Segundo Kunieda, o primeiro semestre de 2009 será de muita expectativa e análise do mercado para decidir como será a atuação da empresa no novo cenário que se apresenta.
Serviço:
Sebrae na Bahia – (71) 3320-4300