São Paulo, 08 – O volume de café exportado pelo Brasil na safra 2012/13 (julho de 2012 a junho de 2013) aumentou 2,5% em relação ao período anterior. O País embarcou 30,54 milhões de sacas de 60 kg, em comparação com 29,80 milhões de sacas no período anterior, conforme levantamento do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), divulgado nesta segunda-feira, 8.
No entanto, em termos de receita cambial, houve queda de 24%, de US$ 7,848 bilhões para US$ 5,967 bilhões, em razão da queda nos preços. O diretor geral do Cecafé, Guilherme Braga, informou por meio de comunicado que o desempenho da safra 2012/13 foi positivo, apesar de seu início ter apresentado um ritmo lento de comercialização do grão, por causa das chuvas e das greves ocorridas, que atrasaram a chegada do produto no mercado durante os primeiros meses. Conforme Braga, a partir de outubro de 2012, houve uma recuperação na velocidade de entrada do café para ser negociado e, consequentemente, no volume exportado, que chegou aos níveis esperados para o período.
Braga estima que no ano-safra 2013/14 o Brasil pode exportar algo em torno de 32,5 milhões de sacas.
Em junho, o volume de café exportado teve aumento de 18,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, fechando em 2,260 milhões de sacas. A receita cambial no mês passado apresentou queda de 9%, ante o mesmo mês em 2012, alcançando US$ 376,619 milhões. O preço médio de exportação foi de US$ 166,66 a saca, nível mais baixo desde julho de 2010 (US$ 160,10 a saca).
Segundo dados do Cecafé, no primeiro semestre de 2013, 85,6% do café exportado foi da variedade arábica, 10,7% de solúvel, 3,7% de robusta e 0,1% de torrado e moído. Durante este período, os cafés diferenciados (arábica e conilon) tiveram participação de 15,5% nas exportações em termos de volume e de 19,1% na receita cambial.
O relatório mostra, ainda, que de janeiro a junho de 2013, a Europa foi o principal mercado importador, responsável pela compra de 53% do total embarcado do produto brasileiro. A América do Norte adquiriu 23%, a Ásia, 18% e a América do Sul, 3%.
Fonte: Agência Estado