23/09/2011
Flávia Bessa | Embrapa Café
O pesquisador da Embrapa Café Aymbiré Fonseca foi um dos 50 conferencistas do X Encontro Cafeeiro Internacional Ramacafé 2011, realizado nos dias 30 e 31 de agosto em Manágua, Nicarágua. Entre os participantes, produtores e exportadores nacionais e o presidente interino da Organização Internacional do Café, José Sette, e representantes de diferentes associações e organismos internacionais da cafeicultura.
Também estavam presentes outros brasileiros, como o diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Robério de Oliveira Silva, o pesquisador do Instituto Agronômico – IAC Bernardo Van Raij e a embaixatriz do Brasil na Nicarágua, cafeicultora e jornalista Josiane Cotrim Macieira, coordenadora do Capítulo Brasil da Liga Internacional das Mulheres do Café, além de empresários ligados à negócios do café, entre outros.
Aymbiré falou sobre o panorama e as novas tendências de produção brasileira de café robusta e as possibilidades de parceiras científicas e estabelecimento de negócios tecnológicos para oferecimento de material genético, além de consultoria sobre manejo de plantas, irrigação, sistemas de plantio, melhoramento genético, reforçando a necessidade constante da pesquisa. “Para a Nicarágua, ter acesso ao conhecimento já construído, ajustando-o às suas necessidades, é uma forma de encurtar o caminho rumo aos resultados. Além disso, a troca entre os países produtores é sempre mútua e o Brasil também se beneficia”, diz o pesquisador.
O pesquisador também fez visitas técnicas a campos experimentais e fazendas de conilon e arábica da Nicarágua. “A Nicarágua tem um projeto piloto de produção de robusta em uma província chamada Nueva Guinea, região que acredita-se possuir potencial para exploração da espécie em função das características de clima e solo. E ainda uma região mais a Noroeste do país onde se cultiva tradicionalmente o café arábica. O produto está entre os melhores do mundo”, completa Aymbiré.
Segundo o presidente da Ramacafe, o objetivo do evento, que se realiza anualmente, é a busca pela melhoria da competitividade do setor por meio da atualização e homologação de conhecimentos, interação e estreitamento de relações entre os integrantes da cadeia produtiva. “É a oportunidade para que a indústria do setor cafeeiro mundial possa dialogar, estudar, trocar experiências e buscar soluções para os problemas advindos de um mundo em constante mudança, para a melhoria da qualidade nas práticas agrícolas e empresariais, sempre enfocadas na sustentabilidade da produção”.