A safra de café de 2024 enfrenta um desafio significativo: a queda no rendimento dos grãos devido ao forte déficit hídrico de 2023, que resultou em uma redução expressiva no rendimento do café.
Produtores de diversas regiões têm relatado essa queda, com peneiras baixíssimas de café e um grande índice de grãos moca, em alguns casos chegando a 22% de moca. Por exemplo, na Fazenda Rodo Munho, em Rio Paranaíba, MG, observou-se uma redução de até 29% no rendimento dos grãos. Em 2023, 50 gramas de café continham 298 grãos, enquanto em 2024, são necessários 415 grãos para a mesma quantidade.
O déficit hídrico tem efeitos profundos nas plantas de café, especialmente durante a fase de enchimento dos grãos. Durante períodos de seca, as plantas enfrentam estresse hídrico, que impacta diretamente vários processos fisiológicos:
Como a redução da Fotossíntese, a falta de água reduz a abertura dos estômatos, diminuindo a entrada de CO2 e, consequentemente, a taxa de fotossíntese. Isso resulta em menor produção de carboidratos, essenciais para o crescimento e desenvolvimento dos grãos.
Redução na translocação de nutrientes, a água é fundamental para o transporte de nutrientes do solo para as folhas e frutos. O déficit hídrico compromete essa translocação, afetando a nutrição e o enchimento dos grãos.
Diminuição do crescimento celular, a falta de água afeta o turgor celular, essencial para a expansão e crescimento das células dos grãos, resultando em grãos menores e menos densos.