As vendas de fertilizantes no mercado interno devem crescer a partir do mês de maio, disse hoje o presidente da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, Cristiano Walter Simon. Sem fazer previsões para o volume a ser comercializado no ano, ele disse que um dos fatores que deve impulsionar a comercialização é a queda acumulada de 40% nos preços dos fertilizantes em dólar, variação registrada desde meados do ano passado, quando as cotações atingiram níveis históricos.
Com a queda dos preços, a relação de troca tornou-se mais favorável para o produtor. No caso da soja, cultura que absorve 34% da produção interna de fertilizantes, a relação de troca hoje é de 23,8 sacas de 60 quilos por tonelada. Em novembro do ano passado era preciso ter 33,2 sacas de soja para comprar 1 tonelada de adubo. Ou seja, o produtor precisa hoje de menor quantidade de soja para comprar o mesmo volume de fertilizantes. Boa parte das compras, disse Simon, deve ser feita com recursos próprios dos agricultores.
Ao fim da primeira parte da reunião da Câmara, Simon alertou, no entanto, que a falta de crédito para importação de matéria-prima para produção de adubo pode provocar escassez do produto no segundo semestre de 2009. “O crédito externo para importação sumiu, o que é um complicador”, afirmou. Ele estimou que 72% do mercado brasileiro é abastecido com fertilizante importado.