Quebra na safra do Sul de Minas deve ficar entre 25% e 30%. Existem perdas
consolidadas para o ano que vem e o atraso na volta das chuvas já compromete a
produção de 2016.
A quebra na safra de café na região Sul de Minas Gerais deve ficar em torno
de 25% e 30% devido à seca na região, é o que afirma o presidente da Cooxupé,
Carlos Paulino. A safra atual já foi totalmente colhida e está sendo
comercializada.
Com a queda de produção neste ano e sem melhoras nas condições climáticas,
fatalmente a safra do próximo ano também deve registrar quebra. O Estado de
Minas Gerais produz cerca de 75% do café arábica no Brasil. A região deve
produzir entre 13 milhões e 15 milhões de sacas na safra de 2014.
Segundo Paulino, apesar da quebra geral na região Sul de Minas, a Cooxupé
rnão teve grandes perdas. “A quebra no Sul de Minas está compensada com a
colheita do cerrado que é atrasada e a quebra lá é pequena. Os novos cooperados
também ajudaram a minimizar a queda”, afirma. O presidente da Cooperativa diz
ainda que a qualidade do café, no geral foi boa, mas alguns grãos têm tamanhos
menores.
Com relação a safra do ano que vem, as altas temperaturas e a falta de chuva
devem mais uma vez causar perdas. “As lavouras estão muito sentidas, hoje a
temperatura está em torno de 39ºC e o solo está seco”, afirma Paulino.
Segundo o presidente da Cooxupé, a proporção de quebra para a próxima safra
só será quantificada com chuvas visto que boa parte dos cafezais ainda não
tiveram a principal florada. “Só em novembro ou dezembro quando as chuvas se
normalizarem é que podemos fazer uma avaliação correta”, explica. Segundo
Paulino, alguns produtores já realizam esqueletamento nas plantas para garantir
produção melhor na safra de 2016.