Quase metade do café tem negócios pela corretagem | |||||
Pesquisa mostra ainda que cooperativas ocupam o segundo lugar nas vendas | |||||
Pesquisa inédita do IEA (Instituto de Economia Agrícola) com cafeicultores paulistas mostra que 41% da produção do Estado tem comercialização por meio de corretagem/exportação. As cooperativas aparecem em segundo lugar, com 26,9%, seguidas pela indústria, com 8,9%. No entanto, as operações com títulos financeiros (CPR, mercado futuro, etc) já aparecem entre os canais de comercialização do café paulista, atingindo 2,5% da produção. Segundo o IEA, órgão ligado à Secretaria da Agricultura e Abastecimento, as plantações de café no Estado ocupam 223,40 mil hectares. A última previsão do órgão, de abril, é de uma produção de 211 mil toneladas neste ano – queda de 25,2% em relação ao volume estimado anteriormente. O IEA justifica que a quebra de safra esperada se deve ao forte calor e à estiagem nos meses de outono, que impediram a formação das gemas florais e diminuíram muito o vigor da florada de outubro e novembro. No ano passado foi computada uma produção de 4,72 milhões de sacas de café beneficiado, correspondente a R$ 788 milhões. São Paulo está entre os maiores produtores de café do país e ainda é responsável pela torrefação de boa parte do grão. Já o Brasil participa da galeria dos maiores exportadores de café verde do mundo. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) tem feito parcerias com as instituições de pesquisa e assistência técnica do governo paulista para melhoramento genético de vários produtos, incluindo o café. Estima-se que 90% dos quase 6 bilhões de cafeeiros do Brasil sejam provenientes de cultivares desenvolvidos pelo IAC (Instituto Agronômico de Campinas). Alguns dos cultivares ainda mantêm-se como base da cafeicultura de outros países, embora não sejam mais plantados em escala comercial no Brasil. Mas os técnicos reconhecem que foram importantes no passado para aperfeiçoamento da planta. Perfil da cultura em SP * Área plantada Segundo o IEA (Instituto de Economia Agrícola), órgão ligado ao governo paulista, o café atualmente ocupa 223,40 mil hectares * Safra atual (previsão) A estimativa para este ano é de produção em torno de 211 mil toneladas, com queda de 25,2% por causa do calor e da estiagem * Valor de produção No ano passado foi computada produção de 4,72 milhões de sacas de café beneficiado, correspondendo a uma receita de R$ 788 milhões * Trabalhos técnicos Estima-se que 90% dos cafeeiros do Brasil surgiram de cultivares desenvolvidos pelo IAC (Instituto Agronômico de Campinas). Apesar de descartados para plantio comercial no Brasil, alguns deles ainda são a base da cafeicultura de outros países * Desempenho O Estado de São Paulo integra há muitas décadas o grupo de maiores produtores de café do Brasil, que é um dos principais exportadores de café verde (em coco) do mundo Fonte: IEA Avanço científico ‘extingue’ espécies O governo paulista decidiu abandonar alguns cultivares de café desenvolvidos pelo IAC devido ao surgimento de mudas mais produtivas e mais resistentes às adversidades climáticas. Entre os que foram descartados estão o Caturra Vermelho (IAC 477) e o Caturra Amarelo (IAC 476), selecionados a partir de 1937, um período em que a cafeicultura era a base da economia de São Paulo.
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