fonte: Cepea

Quase 30% do cultivo de café certificado em 2016

Quase 30% da produção global de café teve certificação de sustentabilidade em 2016, em resposta a demandas de consumidores e empresas compradoras por produtos ambientalmente sustentáveis e socialmente responsáveis.

É o que mostra um relatório publicado na segunda-feira pelo Centro Internacional de Comércio (ITC, na sigla em inglês) sobre o avanço significativo de Padrões Voluntários de Sustentabilidade (PVS) no mercado internacional de produtos agrícolas. O ITC é vinculado à Organização Mundial do Comércio (OMC) e à Agência da ONU para Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

É verdade que esses padrões podem elevar os preços pagos aos produtores, mas também podem gerar custos maiores de adaptação às exigências sociais e ambientais.

relatório aponta que, em 2016, quase 58 milhões de hectares de áreas agrícolas tinham certificado de produção orgânica, só 1,2% do total de terras agrícolas espalhadas pelo mundo.

No caso do café, em 2016 quase 26% da produção global tinha pelo menos uma dessas certificações: 4C, Fairtrade International, Organic, Rainforest Alliance e UTZ. Mas o ITC considera essa estimativa conservadora e crê que a área de café certificada pode chegar a 45%.

Mais de 1,8 milhão de hectares de café tinham certificado 4C (Common Code for the Coffee Community) em 2016, ou 16,6% da área plantada. O Brasil tinha a maior área com essa certificação (700 mil hectares), seguido por Colômbia (mais de 300 mil) e Vietnã (quase 170 mil).

Em termos de percentagem da produção total, a China tinha 51% da sua produção de café com o selo, seguida pela Colômbia, com 41%, e pelo Brasil, com 37%.

Produtores brasileiros de soja, açúcar e algodão estão também entre os que mais têm produção com certificação de sustentabilidade. Mais de 20% do cultivo global de cacau tem certificação.

Segundo Arancha Gonzalez, diretora-geral do ITC, é crescente o número de consumidores e companhias que escolhem qual produto comprar levando em conta como ele é produzido. Assim, tanto produtores como consumidores precisam construir e promover cadeias de sustentabilidade.

Por Assis Moreira | De Genebra

Fonte : Valor

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