Café industrializado: exportações superam expectativas para 2005
Após o setor ter redimensionado as expectativas de exportação de 2005 de café torrado e torrado e moído de US$ 10 milhões para US$ 15 milhões, durante o mês de novembro, as metas já foram tecnicamente superadas, atingindo a marca de US$ 14.345.587.
“Esse excelente desempenho é resultado das ações realizadas por meio do Programa Setorial Integrado de Exportação do Café Industrializado (PSI) coordenado pela Agência de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex Brasil”, diz Christian Santiago, coordenador deste projeto que, desde 2002, vem estimulando as indústrias a divulgarem suas marcas e produtos nas diversas feiras nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, ou em estratégias especiais e até únicas, como foi o caso do Ano do Brasil na França.
De acordo com Christian Santiago, “esse conjunto de ações foi essencial para que as empresas brasileiras pudessem reforçar a sua imagem no exterior, consolidando a campanha de divulgar para o mundo a alta qualidade e a grande diversidade de sabores dos cafés. Os resultados refletem o fruto deste trabalho, bem como a tendência do exportador brasileiro em oferecer produtos com maior valor agregado”.
O PSI é gerenciado pelo Sindicato da Industria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé-SP) e conta com o apoio da ABIC – Associação Brasileira da Industria de Café, entidade que, a partir de 2006, será a gestora do programa.
Resultados
O total das exportações no período janeiro a novembro/2005 foi de US$ 14.345.587, representando um crescimento de 95,45% sobre o mesmo período de 2004. O preço médio por quilo, que é um indicador de agregação de valor, apresentou um crescimento de 25% (de US$ 3,14 para US$ 3,94), mostrando que os produtos exportados ganham cada vez mais espaço no segmento de cafés de alta qualidade.
O grande destaque em volume de vendas no período foram as importações feitas pelos Estados Unidos, que apresentaram um crescimento de 144% em relação ao mesmo período de 2004 (de US$ 3.107.526 para US$ 7.608.003). “Isto se deve ao reconhecimento do consumidor americano da qualidade do produto brasileiro, uma vez que as exportações para este país, centradas nas encomendas de grandes redes varejistas como Sam’s Club e Cosco estão focadas em cafés tipo Gourmet, Orgânicos certificados e grãos para expresso”, avalia Santiago.
A Europa também apresentou um crescimento de 59,65% em relação ao mesmo período de 2004 (de US$ 2.612.345 para US$ 4.170.541). Neste continente, a Itália detém 77% das exportações, e a França, 14%. O maior índice de crescimento continua com o Japão, que importou 246,53% a mais do que no mesmo período de 2004 (de US$ 276.847 para US$ 959.354). “A comunidade dekassegui, composta por imigrantes brasileiros, tem sido a compradora desses cafés nacionais”, diz o coordenador.