A idéia é integrar 30 municípios do Norte do PR para criar um atrativo ao turista interessado nas belezas naturais
Criar uma rota turística para explorar o potencial das propriedades rurais do Norte do Estado é um dos objetivos da Agência de Desenvolvimento Turístico do Norte do Paraná (Adenorp), que deve ser oficializada no mês que vem em Londrina. Os trabalhos finais para implantação da agência foram divulgados ontem durante o 3º Encontro de Turismo Rural realizado na 46º Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina.
O projeto ”Rota do Café”, nome ainda provisório, quer integrar cerca de 30 municípios do Norte para criar um atrativo ao turista interessado em conhecer as belezas naturais, turismo de aventura (para prática de esportes radicais), artesanato e comidas típicas dessa região do Estado que já foi a maior produtora de café do País.
De acordo com Gilberto São João, agrônomo de Emater e integrante da Adenorp, assim que a agência for oficializada o projeto deve começar a ser implementado. ”É um trabalho que vai ser feito a longo prazo e que demanda muito trabalho porque são vários municípios que precisam ser envolvidos”, explicou.
Mais de 130 estudantes de turismo, técnicos, lideranças rurais, empreendedores e produtores participaram do evento para debater o turismo rural como oportunidade de negócio. A agrônoma do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Maria de Fátima Marcondes, defendeu um conjunto de atividades turísticas praticadas no meio rural como fator que agrega valor à propriedade.
Concurso Produtores de café do Paraná têm mais uma oportunidade de mostrar a potencialidade de cada região. O concurso Café Qualidade Paraná 2006 foi lançado ontem na exposição, durante o 14º Encontro de Café que reuniu mais de 400 pequenos e médios cafeicultores de todo o Estado.
A terceira edição do concurso vai promover pela primeira vez um leilão, aberto para quem se classificar do 2º ao 5º lugar. Segundo o agrônomo da Emater, Cilésio Abel Demoner, coordenador do Encontro de Café, no leilão da etapa paranaense o produto pode alcançar o valor de R$ 440,00 a saca. Hoje, a saca de café está valendo, em média, R$ 240,00.
O grande prêmio do concurso vai para o primeiro colocado que estará automaticamente inscrito para o Concurso Nacional. No leilão nacional, de acordo com Demoner, a saca do café já chegou a R$ 17 mil. Nesses leilões o participante pode vender 10 sacas.
A expectativa é que até 500 produtores paranaenses participem do concurso, divididos nas duas categorias – café natural e café cereja descascado. As inscrições estarão abertas a partir de 20 de maio.
Buscar novos nichos de mercado é, segundo o agrônomo, um dos princípios básicos para a sobrevivência do cafeicultor. ”O café vive um momento de estabilidade. Um bom momento para o produtor. Mas ele precisa ficar alerta porque o café oscila muito”, avalia.