Programa Queijo Minas Artesanal certifica 10 queijarias no Cerrado Mineiro

29/11/2006 04:11:07 –

30 de novembro de 2006 | Sem comentários Produção Sustentabilidade
Por: Agro Agenda

O queijo minas artesanal será a estrela de uma cerimônia que acontecerá nesta quarta-feira (29 de novembro), às 14h, no Parque de Exposições do município de Rio Paranaíba (Alto Paranaíba). O evento marcará a certificação junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) de dez queijarias da região. Os estabelecimentos estão incluídos no Programa Estadual do Queijo Minas Artesanal e receberam suporte técnico e orientação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) na adequação à Lei 14.185/2002, que regulamenta a produção no Estado.

Estão previstas as presenças do secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marco Antonio Rodrigues da Cunha, do diretor técnico da Emater-MG, Roberval Juarês de Andrade, e do diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, além de prefeitos municipais, técnicos, produtores rurais e lideranças regionais.

Segundo o gerente regional da Emater-MG de Patos de Minas, Sérgio Glicério Martins, o Programa Queijo Minas Artesanal é uma grande oportunidade para os produtores alcançarem novos mercados, além de garantir melhores preços para o produto e proporcionar segurança alimentar ao consumidor final.

“Este registro das queijarias na região vem consolidar o trabalho de muitos profissionais da Emater-MG e parceiros, definindo a região do Alto Paranaíba como grande produtora de nosso queijo mineiro”, ressalta.

Desde outubro, quatro produtores da região estão fornecendo regularmente cerca de 1,2 mil quilos para duas grandes cadeias de supermercados de Belo Horizonte. E com um ganho apetitoso: antes, vendiam para produtores de pão de queijo, a R$ 4,50 o quilo, e para os supermercados, o preço recebido saltou para R$ 11.

EXIGÊNCIAS DA LEGISLAÇÃO

De acordo com a Lei 14.185, os produtores do queijo minas artesanal (feito a partir de leite cru, não pasteurizado) têm de obter uma certificação do IMA para comercializar a produção. Para isso, precisam cumprir uma série de exigências higiênico-sanitárias. São observados os cuidados com a qualidade da água a ser utilizada na produção do queijo, que deve ser potável e clorada, e com a infra-estrutura da queijaria, que deve ser azulejada e limpa, além de ter proteção contra insetos. Também os currais e salas de ordenha devem ser cimentados e ter fonte de água própria para higienização.

Outros dois fatores exigidos são as condições de saúde do rebanho do qual provém o leite usado na produção e as condições de saúde do próprio produtor. “O rebanho deve ser sadio e passar pelos testes oficiais de zoonoses, como brucelose e tuberculose. Além disso, o produtor também deve estar em boas condições de saúde, o que contribui para a eliminação dos riscos de contaminação do queijo durante a produção”, explica o coordenador técnico estadual do Programa Queijo Minas Artesanal da Emater-MG, Elmer Ferreira Luiz de Almeida.

MARKETING DO CERRADO

Além da segurança alimentar, outro ponto de destaque do Programa Estadual do Queijo Minas Artesanal, coordenado pela Emater-MG, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, é a demarcação de origem do produto. São quatro as regiões demarcadas no Estado: Serra da Canastra, Serro, Araxá e Cerrado. Esta última, a mais recente, reúne produtores da região do Alto Paranaíba. Sérgio Glicério, da Emater-MG de Patos de Minas, afirma que a mudança do nome facilita a comercialização do queijo, ao aproveitar a já tradicional marca do café do Cerrado.

Estão caracterizados como produtores do Queijo Minas Artesanal do Cerrado os municípios de Patos de Minas, Lagoa Formosa, Presidente Olegário, Lagamar, São Gonçalo do Abaeté, Varjão de Minas, Carmo do Paranaíba, Arapuá, Rio Paranaíba, São Gotardo, Tiros, Matutina, Patrocínio, Guimarânia, Cruzeiro da Fortaleza, Coromandel, Serra do Salitre, Abadia dos Dourados, Campos Altos e Santa Rosa da Serra. Entre as características desse produto, segundo Elmer, está a consistência mais macia, amanteigada, quando atinge um ponto maior de maturação. Entretanto, para melhor aproveitamento de suas características, ele sugere o consumo no ponto de maturação média.

Fonte: Emater-MG / Miriam Fernandes

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