Programa procura detectar a Ocratoxina A no café verde

 Além de maior produtor e exportador de café, o Brasil também está na
vanguarda de programas que atestem a qualidade e segurança do produto. O
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio do
Laboratório de Controle de Qualidade e Segurança Alimentar (LACQSA), e em
parceria com a Rede Metrológica de Minas Gerais, desenvolvem um programa
nacional inédito de proficiência para análises de Ocratoxina A (OTA) em café
verde. O programa interlaboratorial visa capacitar e atestar a equivalência dos
resultados, independente do método utilizado para detectar a presença da
micotoxina em café.


O programa está na fase de adesão dos laboratórios, sendo o próximo passo a
organização e envio das amostras. A comparação dos resultados está aberta a
todos os laboratórios nacionais e internacionais. De acordo com a responsável
técnica do laboratório oficial LACQSA e coordenadora técnica do Laboratório
Nacional Agropecuário (Lanagro/MG), Eugênia Azevedo Vargas, o projeto confere
aos laboratórios uma ferramenta para evidenciar a proficiência em analise de OTA
e a garantia de confiabilidade de seus resultados, o que beneficia também os
produtores e exportadores de café, agregando valor ao produto analisado. Com a
iniciativa, única entre os países produtores, o Brasil fortalece sua imagem no
mercado mundial de café.


 Em 2007, a prevenção e redução de contaminação de Ocratoxina A, a quem
é atribuída malefícios à saúde, entre eles, efeito carcinogênico, tem sido tema
debatido no âmbito do Codex Alimentarius, programa conjunto da Organização das
Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação – (FAO) e da Organização
Mundial da Saúde – (OMS). Os índices sugeridos neste fórum se tornam referência
mundial para consumidores, produtores, organismos internacionais de controle e
comércio de alimentos. 


A participação do laboratório oficial LACQSA é justificada pela experiência
acumulada em projetos anteriores, no estabelecimento de métodos analíticos para
Ocratoxina A, com o financiamento do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e
Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café). Inserido nestes projetos, parte dos
equipamentos que compõem o laboratório e contribuem para torná-lo referência
nacional foram adquiridos com recursos do Consórcio.

Informações sobre o
programa no site http://www.rmmg.org.br.

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