Programa do café começará em julho
Investimento previsto é de R$350 milhões; produtor terá financiamento e apoio da equipe técnica da Emater
Umuarama
Silvia Lira
A partir de julho os produtores rurais dos 32 municípios da Associação da Região de Entre Rios (Amerios), que insistiram no cultivo do café, ganharão um impulso do Governo do Estado. Através da Emater, os cafeicultores terão acesso ao Plano de Revitalização e Sustentabilidade da Cafeicultura, que entre outros benefícios oferece linhas de financiamento e capacitação dos agricultores. A notícia foi dada pelo presidente da Emater, Arnaldo Bandeira durante uma visita à região na última sexta-feira.
A lavoura, que já foi predominante na região, ainda existe na área rural dos 32 municípios, porém apenas 12 são produtores de café em escala. Ao todo 5 mil hectares são ocupados com a cultura que é cultivada no sistema adensado. A proposta é pelo menos dobrar a área através do plano que tem como meta principal atender os produtores da agricultura familiar.
A meta do governo é aplicar R$350 milhões do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) no café paranaense e ampliar a área cultivada de 103 mil hectares para 140 mil e a produção de 2,2 milhões de sacas anuais para 4 milhões de sacas. “Além do financiamento, o produtor passará por uma capacitação que ensina desde como plantar, cultivar e comercializar. A equipe técnica da Emater dará assistência e o Iapar participa com a seleção das mudas. Hoje temos uma demanda de 60 milhões de mudas e apenas 22 milhões de mudas disponíveis, mas já estamos trabalhando para aumentar”, explicou Bandeira.
De acordo com Bandeira, além de investir no cultivo do café a Emater estará com a atenção voltada para as demais cadeias produtivas da região, com a proposta de fortalecê-las, para alavancar o desenvolvimento regional. Neste contexto a atenção estará voltada para a pecuária, fruticultura, sistema silvipastoril entre outras. “Quando falamos em fortalecer, apoiar o desenvolvimento significa que vamos auxiliar o produtor desde escolher o que cultivar até a colocação do produto no mercado e o consumo. Queremos organizar o sistema”.