O conglomerado de Café de Jinotega, na Nicarágua, que aglutina diversas organizações de produtores cafeeiros, está impulsionando um original programa de fortalecimento do café.
O programa consiste em incluir ferro e ácido fólico no grão de café, melhorando dessa forma a nutrição da população rural, explicou Fátima Ismael Espinoza, gerente geral da União de Cooperativas Soppexca, de Jinoteja.
Em outros produtos já se implementou o fortalecimento com proteínas e vitaminas, como o açúcar e o leite. Mas é a primeira vez, na Nicarágua, que será no café.
Tudo surgiu por um acidente, quando um pesquisador dos Estados Unidos descobriu por erro a probabilidade de inserir, no grão de café, vitaminas e ferro, segundo Gerry Larue, do Desenvolvimento Estratégico de Alianças de Voyava, empresa estadunidense que possui a licença do fortalecimento do café.
Atualmente estão trabalhando, além da Nicarágua, com cooperativas de café no México, onde conseguiram um convênio de US$3 milhões para a fortificação do café.
Na Nicarágua já estão trabalhando nisso, e estão na etapa de transferência da tecnologia em um processo que incluirá a capacitação dos técnicos.
Mais benefícios
Isto permitirá oferecer aos trabalhadores do campo uma opção nutricional, já que podem torrar o café e distribuir na zona rural.
A gerente geral de Soppexca, Fátima Ismael Espinoza, fez um chamado ao Governo para que apóie o programa, já que se trata de uma iniciativa que pode elevar os níveis nutricionais no setor, considerando o alto consumo do café nas áreas rurais.
“Se o Governo está trabalhando com um enfoque anti-pobreza, isto é um elemento chave e preciso, podendo elevar o nível nutricional em menos de um ano”, afirmou Espinoza.
Dadas as características do programa, este tem despertado o interesse de outras áreas, onde os produtores já manifestaram interesse em participar.
“Por outro lado, no início, o novo café fortificado não se distribuirá nas lojas comerciais”, afirmou Gerry Larue. Isto é porque eles estão em um processo de adaptação da tecnologia, mas pode chegar ao mercado.
Ele também argumenta que o interesse é de satisfazer uma demanda nutritiva da população.
As informações partem de agências internacionais.
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