Segundo sindicato, saca está avaliada em cerca de R$ 290.
Custo de produção sairia de R$ 350 a R$ 380 a saca, no Sul de Minas.
Do G1 Sul de Minas
Produtores e representantes de sindicatos e cooperativas de café de várias regiões do país se reúnem nesta segunda-feira (25) em Varginha (MG) para discutir a atual situação do setor. O ponto principal da discussão é o preço da saca de café, que está baixo em relação ao valor de custo da produção. Enquanto a saca está avaliada atualmente em cerca de R$ 290, a produção de cada saca sai de R$ 350 a R$ 380 para os produtores.
De acordo com o Conselho Nacional do Café, este valor é referente ao café produzido no Sul de Minas, uma região montanhosa que, por esta característica, faz elevar o custo de produção do grão. As despesas com a produção do café giram em torno do custeio de lavoura (mão de obra, fertilizantes, agrotóxicos, maquinário), despesas pós-colheita (transporte, armazenagem, impostos, beneficiamento) e outros custos operacionais (como encargos e seguros).
Arnaldo Botrel, representante do Sindicato dos Produtores de Varginha, afirma que eles estão articulando com sindicatos e cooperativas uma proposta para levar à presidente Dilma Rousseff com as solicitações dos produtores. Entre elas, está a prorrogação das dívidas dos produtores até que o café alcance o patamar de preço de custo novamente. O presidente da Comissão de Café da Faemg, Breno Mesquita, confirma a elaboração da proposta, e diz que já está vendo uma maneira de agendar uma reunião com a presidente da República.