Produtores rurais entregarão abaixo-assinado a Lobão

MARANHÃO

05/12/2009 

O programa Luz para Todos será encerrado em dezembro de 2010.
Produtores rurais de Montes Altos estão preocupados com o atraso na implantação do Programa Luz Para Todos na zona rural do município. A preocupação é justificada pela proximidade do prazo final de execução do Programa, previsto para dezembro de 2010.

De acordo com levantamento feito pela Associação Comunitária Cidade Viva, que é uma ONG sediada em Montes Altos, o Programa Luz Para Todos tem 1451 unidades rurais cadastradas no município, sendo que até agora a eletrificação só chegou a apenas 188 residências, restando, portanto, mais de 80% das unidades cadastradas.

“Por isso, nós, produtores e trabalhadores rurais de Montes Altos, tememos que o Luz Para Todos chegue ao seu final e as localidades sertanejas continuem no escuro”, diz o dirigente comunitário Cristóvão Inácio de Almeida.

A saída encontrada pelos moradores do sertão montesaltense para enfrentar a situação está sendo a organização de um abaixo-assinado que será entregue ao ministro Edison Lobão, solicitando urgência urgentíssima na conclusão do programa em Montes Altos.

“Nós mobilizamos associações e pessoas interessadas, organizamos um mutirão, percorremos as localidades e, com a ajuda da população, conseguimos colher uma grande quantidade de assinaturas que serão entregues ao ministro Lobão pedindo a inclusão de Montes Altos como prioridade absoluta na agenda do Luz Para Todos no Maranhão”, diz Edilson Brito, articulador da proposta.

Euclides Neiva Filho, diretor da ONG, declara que “Montes Altos espera a sensibilidade do maranhense Edison Lobão”. Segundo ele, está nas mãos do ministro a grande oportunidade que Montes Altos tem de começar a se desenvolver, porque a base econômica principal de nosso município é a agropecuária, que depende da energia elétrica para entrar na fase de racionalização e modernização do processo produtivo rural, que tem a agricultura familiar e o agronegócio como os maiores geradores de renda e oportunidades da região”, argumenta.