Muitos deles guardam o produto para ter mais valor no mercado.
Já outros estão enfrentando a diminuição da produção.
Do G1 Bauru e Marília
De acordo com a Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, a safra de café no país deste ano pode chegar a 52 milhões de sacas – 20% maior que em 201.
Nesse cenário, prevalece a famosa máxima: muito produto no mercado, preços lá embaixo. Nos últimos doze meses o valor pago por uma saca de café já caiu 35% por cento – 13% treze por cento só em março. Antes, pagava-se pela saca R$540; hoje o mercado não paga mais do que R$360.
No centro-oeste de São Paulo ainda existe mais um agravante – os agricultores estão enfrentando, além da queda do preço da saca, a diminuição da produção. A chuva, a geada e o vento gelado diminuíram a quantidade de grãos no pé. E a queda na produção pode chegar até 30%.
O preço da saca está tão baixo que já tem produtor no centro-oeste paulista refazendo os planos. Ao invés de vender, depois da colheita o café vai direto para o armazém, até que o preço volte a subir. É o caso da dona Ivone, que tem 1,5 mil sacas de café abarrotando o armazém da propriedade em Dois Córregos.