Produtores de MG reclamam de avanço no ataque da broca do café

18/03/2014 | Café


 


Uma praga, a broca do café, está causando prejuízo para os produtores de Minas Gerais. A infestação aumentou depois que um dos produtos químicos mais usados no combate ao inseto foi proibido. O Ministério da Agricultura publicou uma portaria decretando estado de emergência fitossanitária em Minas Gerais.


O produtor José Corrêa Lima espera colher este ano 700 sacas de café. As lavouras dele ocupam 22 hectares no município de Campos Gerais, no sul de Minas. Além da estiagem, ele tem outro motivo para se preocupar: a broca do café.


O besouro encontra no tempo seco o clima ideal para reprodução. Ele ataca somente os grãos, onde faz um buraco bem pequeno. Além da perda na qualidade, o inseto provoca uma grande queda na produtividade.


Hypothenemus hampei é o nome científico da broca do café, que foi catalogada no Brasil em 1922. Ao longo desses anos, os cafeicultores vivem buscando alternativas para evitar o avanço da praga.


Segundo eles, o defensivo mais eficaz durante todo esse período é o princípio ativo endossulfan, que teve a comercialização proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado, que entendeu que o composto é altamente nocivo para o homem e para o meio-ambiente.


Para tentar conter o avanço da praga, o Ministério da Agricultura decretou estado de emergência fitossanitária no estado de Minas Gerais. A portaria tem validade de um ano.


Agricultores e especialistas esperam que a medida viabilize a entrada de endossulfan no país. “Têm produtos registrados com eficácia média no controle e outros que estão em fase de teste na Anvisa e necessitam ainda de liberação”, explica o agrônomo Rodrigo Naves Paiva.


Fonte: Globo Rural/G1

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