Produtores de café reclamam da falta de reação do preço do grão em MG


08/10/2013 06h44 – Atualizado em 08/10/2013 06h44



Governo
tomou medidas para retirar produto do mercado.
Preço
está 36% abaixo do valor recebido no mesmo período de 2012.




Do Globo Rural






Os
cafeicultores enfrentam este ano uma situação difícil. Mesmo com as medidas de
apoio adotadas pelo governo para retirar produto do mercado, não houve reação
dos preços do café. O preço do grão está 36% abaixo do valor recebido no mesmo
período do ano passado.


O
governo liberou dinheiro para estocagem e ofereceu os contratos de opção. Por
esse tipo de contrato, o produtor fica com o direito de vender determinada
quantidade de café para a CONAB em março de 2014 pelo preço de R$ 343,00 a saca,
um valor que está acima dos R$ 260,00 oferecidos hoje pelo mercado.

Os
cerca de 12 mil cafeicultores filiados à Cooxupé, uma das maiores cooperativas
do Brasil, já terminaram a colheita do grão deste ano. Eles têm que administrar
uma situação complicada. O preço está 36% abaixo do mesmo período do ano
passado.


O
agricultor Osvaldo Paiva colheu 2,5 mil sacas de café na propriedade em
Varginha, no sul de Minas Gerais, e negociou 500 sacas do grão. Para conseguir
recursos até março, o produtor diz que irá recorrer ao empréstimo para
estocagem, outra ajuda oferecida pelo governo.


“O
governo já liberou mais de R$ 1 bilhão do Funcafé para estocagem, ou seja, eu
posso pegar esse dinheiro, financiar esse café e esperar até a hora que eu vou
vender para o governo ou para o mercado”, diz Paiva.


A
cooperativa dos cafeicultores de Guaxupé arrematou 524 mil sacas de café nos
três leilões de contratos de opção realizados até agora. Mas o mercado não
reagiu como o esperado. O gerente de mercado futuro da Cooxupé Heberson Sastre
considera o leilão importante, mas aconteceu tarde. “Se ele tivesse vindo antes
do início da colheita, o produtor já ia ter as regras claras antes de terminar a
safra e teria evitado de ter vendido café agora durante a safra. Não estou
falando que isso está fora de hora, mas se viesse mais cedo, teria sido melhor
para os produtores”, diz Sastre.


O
governo faz nesta terça-feira (8) o último leilão de contratos de opção para
ofertar 400 mil sacas que sobraram dos três leilões
anteriores.

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