Fontes da Federação da Indústria e Socialização do Café da província de Heilongjiang, no nordeste da China, anunciaram que seis unidades associadas à federação irão à Argentina para cultivar grãos de café e utilizarão tecnologia de torra do Brasil para criar uma marca de café chinesa.
De acordo com o presidente dessa federação, Di Guochen, “com a chegada das cafeterias dos Estados Unidos, Europa e Coreia a Harbin, capital da província de Heilongjiang, a cidade se converteu nos últimos anos em uma cidade de cultura de café”.
Durante os últimos três anos, mais de 400 cafeterias se estabeleceram em Harbin e o volume de consumo de café alcançou 60 toneladas no mês.
“Atualmente, a maioria dos grãos de café no mercado nacional provém das províncias de Yunnan e Hainan, ambas localizadas no sul da China, enquanto que há falta de grãos de café de alta qualidade. Normalmente, o melhor período para provar café é mais ou menos sete dias após a torra e se a federação cultiva café na América Latina e torra em Harbin, os cidadãos chineses não somente poderão provar o café mais original e barato com uma melhor qualidade, mas também, converterá Harbin em um centro de negócios de grãos de café na China após as províncias de Yunnan e Hainan”.
Até o momento, a federação chegou a um acordo de intenção de inspeção com uma fazenda de 400 hectares na província argentina de Río Negro, segundo o qual se cultivarão grãos de café na Argentina e se estabelecerá uma fábrica de torra em Harbin onde se introduzirá a tecnologia brasileira para criar a marca de café chinesa.
Espera-se que os produtores chineses de café possam armazenar em uma zona franca os grãos cultivados na Argentina depois de seu transporte a Harbin.
Tomar café constitui uma tradição para a Rússia, Japão e Coreia, países vizinhos com a China. No entanto, esses países não cultivam café e, por isso, a cidade de Harbin aproveitará a oportunidade para fomentar a exportação de café nesses países com o fim de impulsionar o desenvolvimento do setor na China.
As informações são da Xinhua/ Tradução por Juliana Santin