Produtores de café da Chapada de Minas se unem para criar identidade do produto em Capelinha

O Estado de Minas Gerais é responsável por mais da metade da produção de café do Brasil (30,7 milhões de sacas) em 2018, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

22 de março de 2019 A região da Chapada de Minas produz cerca de 560 mil sacas em ano de alta bienalidade (produtividade alta de uma safra, frente à queda na próxima, devido a necessidade de recomposição do vegetal). A cafeicultura na Chapada é uma grande empregadora da mão de obra familiar, com aproximadamente 5.800 cafeicultores, responsável pela criação de 20.000 empregos diretos e indiretos. Tendo em vista a grande importância da atividade para os municípios produtores, o Sebrae Minas e o Instituto do Café da Chapada de Minas (ICCM) realizam, no dia 26 de março, o workshop “Projeto Identidade e Origem – Região da Chapada de Minas”, em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha.



A atividade na região tem pouco mais de quatro décadas. Nos últimos anos, o Sebrae Minas tem atuado em várias frentes de trabalho com caráter técnico, que resultou na criação em 2018 do Instituto do Café da Chapada de Minas (ICCM), atualmente com 45 associados. “São produtores, torrefadores e lideranças ligadas ao agronegócio café da região. A ideia é institucionalizar um modelo de governança para evolução da gestão, estratégia e sustentabilidade da cadeia cafeeira na Chapada”, explica o analista do Sebrae Minas Julian Rodrigues da Silva.



Segundo o analista, a ação tem como objetivo criar uma diferenciação dos cafés da região da Chapada atestando sua identidade e origem. “É fundamental para constituir a base para o desenvolvimento territorial dessa localidade, em que as partes interessadas não são apenas os operadores da cadeia de abastecimento (café), mas também uma grande rede envolvida em outras atividades econômicas”, afirmou Julian.

Chapada de Minas

A região da Chapada é composta por 22 municípios (dentre eles: Água Boa, Angelândia, Aricanduva, Capelinha, Caraí, Carbonita, Catuji, Diamantina, Felício dos Santos, Franciscópolis, Itaipé, Novo Cruzeiro, Itamarandiba, José Gonçalves de Minas, Ladainha, Leme de Prado, Malacacheta, Minas Novas, Setubinha, Senador Modestino Gonçalves, Turmalina e Veredinha), com uma área de produção de aproximadamente 28 mil hectares, caracterizada por seus chapadões. É uma importante fonte de renda para os municípios produtores.

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