14 de Outubro de 2005
<foto1> – Oferta é pouca para atender à demanda e os preços devem subir com o inverno no Hemisfério Norte. A alta dos preços do café na Bolsa de Nova York em quase 6,5% não ajudou a convencer os cafeicultores a negociar a sua safra nesta semana. Certos de que o produto deverá se valorizar ainda mais até a chegada do inverno no Hemisfério Norte, os produtores guardam seus estoques como uma reserva de capital, afirma Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes. Os produtores estão vendendo apenas o suficiente para honrar compromissos.
A recuperação das cotações é fruto da constatação, por parte dos países consumidores, de que a oferta do produto está aquém da demanda e isso, a curto e médio prazos, deverá resultar numa forte alta do produto, segundo Gil Barabach, analista da consultoria Safras & Mercado. “O interesse dos exportadores pelas compras de café brasileiro elevou as cotações no mercado internacional nesta semana”, concluiu Barabach.
O mercado de café tem estado sujeito a solavancos nas últimas semanas. As chuvas e a florada exuberante nas lavouras neste início da primavera estimularam a queda dos preços. Isso provocou queda de 5% nas cotações desde agosto. “Os compradores começaram então a racionar no longo prazo e viram que a oferta será insuficiente”, segundo o consultor da Safras. Ontem o mercado em Nova York fechou em baixa, mas mostrou seu vigor. Depois de cair 230 pontos, voltou a se recuperar. A queda ficou em apenas 95 pontos, a 100,35 centavos de dólar.
(Gazeta Mercantil/1ª Página – Pág. 1)(Chiara Quintão e Isabel Dias de Aguiar)