Mônica Scaramuzzo, de São Paulo
Os produtores de café querem transformar a pesada dívida que contraíram com o governo, estimada em cerca de R$ 5 bilhões, em sacas de café. Pela proposta, o endividamento seria convertido em produto e entregue ao governo ao longo de 20 anos. “Este é o prazo de prorrogação da dívida do café. Não queremos esticar a dívida, queremos uma outra solução”, afirmou Gilson Ximenes, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC).
As discussões com o governo federal já se arrastam há pelo menos três meses, mas não houve avanço. “A cafeicultura está passando por dificuldades e a solução não é a prorrogação das dívidas”, disse Ximenes.
Convertendo o valor total da dívida do setor com o preço da saca de café (base Cepea/Esalq), o governo receberia cerca de 19,5 milhões de sacas como pagamento. Desde o ano passado, o governo trabalha para reduzir seus estoques oficiais do grão, que atualmente giram em torno de 500 mil sacas – os menores volumes da história da cafeicultura ainda nas mãos do governo.
Na próxima segunda-feira, um grupo de cafeicultores, lideranças do setor e parlamentares, vão se concentrar na principal praça de Varginha (MG), cidade considerada a capital do café, para uma manifestação. O movimento, denominado “SOS Cafeicultura”, pretende sensibilizar o governo para as dificuldades do setor, de acordo com Ximenes.
De acordo com ele, para a transformação do café em produto, o governo estipularia um preço para o café e converteria a dívida em produto. Os volumes seriam entregues ao longo de 20 anos, o que daria 5% do total do café por ano. “Se os preços estiverem acima do valor estipulado, o produtor tem a opção de vender a saca e pagar o governo em dinheiro. Se o valor estiver abaixo, entregaria em produto”, disse.
A proposta do setor é já definir um preço, que seria usado como base para os próximos anos. O governo não rechaça totalmente a proposta. Mas, segundo Manoel Bertone, secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, o governo prefere que o preço de conversão do café em produto seja definido na época do vencimento da dívida. Mas tudo isso ainda está em discussão.
Um grupo de trabalho foi criado para dar encaminhamento ao assunto. Uma reunião está agendada para sexta-feira, em Varginha, segundo Bertone. “O governo está fazendo um levantamento da dívida total do setor”, disse.
Outra reivindicação dos produtores brasileiros é a implementação de uma política de renda ao cafeicultor, com os contratos de opção de venda de café.
A produção de café nesta safra, a 2008, está estimada em quase 46 milhões de sacas.
Os produtores de café querem transformar a pesada dívida que contraíram com o governo, estimada em cerca de R$ 5 bilhões, em sacas de café. Pela proposta, o endividamento seria convertido em produto e entregue ao governo ao longo de 20 anos. “Este é o prazo de prorrogação da dívida do café. Não queremos esticar a dívida, queremos uma outra solução”, afirmou Gilson Ximenes, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC).
As discussões com o governo federal já se arrastam há pelo menos três meses, mas não houve avanço. “A cafeicultura está passando por dificuldades e a solução não é a prorrogação das dívidas”, disse Ximenes.
Convertendo o valor total da dívida do setor com o preço da saca de café (base Cepea/Esalq), o governo receberia cerca de 19,5 milhões de sacas como pagamento. Desde o ano passado, o governo trabalha para reduzir seus estoques oficiais do grão, que atualmente giram em torno de 500 mil sacas – os menores volumes da história da cafeicultura ainda nas mãos do governo.
Na próxima segunda-feira, um grupo de cafeicultores, lideranças do setor e parlamentares, vão se concentrar na principal praça de Varginha (MG), cidade considerada a capital do café, para uma manifestação. O movimento, denominado “SOS Cafeicultura”, pretende sensibilizar o governo para as dificuldades do setor, de acordo com Ximenes.
De acordo com ele, para a transformação do café em produto, o governo estipularia um preço para o café e converteria a dívida em produto. Os volumes seriam entregues ao longo de 20 anos, o que daria 5% do total do café por ano. “Se os preços estiverem acima do valor estipulado, o produtor tem a opção de vender a saca e pagar o governo em dinheiro. Se o valor estiver abaixo, entregaria em produto”, disse.
A proposta do setor é já definir um preço, que seria usado como base para os próximos anos. O governo não rechaça totalmente a proposta. Mas, segundo Manoel Bertone, secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, o governo prefere que o preço de conversão do café em produto seja definido na época do vencimento da dívida. Mas tudo isso ainda está em discussão.
Um grupo de trabalho foi criado para dar encaminhamento ao assunto. Uma reunião está agendada para sexta-feira, em Varginha, segundo Bertone. “O governo está fazendo um levantamento da dívida total do setor”, disse.
Outra reivindicação dos produtores brasileiros é a implementação de uma política de renda ao cafeicultor, com os contratos de opção de venda de café.
A produção de café nesta safra, a 2008, está estimada em quase 46 milhões de sacas.