Ola. Vejam que interessante como o Brasil é valorizado no exterior. Dos cafés pesquisados o brasileiro (Café da Região Alta Mogiana) é o que tem o menor preço em Portugal.
Ex.: pacotes de 250 gramas.
E o Brasil considera-se o maior produtor de café mundial, pode produzir em quantidade, mas não tem preço lá no exterior. Eu acho que esta no momento de agirmos como José que já naquela época tinha comida para vender. Que os japoneses como seus eletrodomésticos e os europeus seus casacos e roupas, os britânicos que comam papel moeda e os americanos bom estes tem comida, tem carros, casacos e dinheiro, é da para formar uma boa dupla. Eduardo Andrade de Oliveira
Produtor da Região da Alta Mogiana SP
Nota da Redação: Concordamos com todos que aqui opinarão cada um tem um pouco de razão. Porém em relação ao fato da diferença dos preços acima o que ocorre realmente “em nossa opinião” é o que foi relatado pelo sr JCarvalho.
Obrigado a todos pela participação.
Equipe News Cafeicultura
Opiniões
JCarvalho – Vocês me desculpem porém não encontrei nenhuma anormalidade nos números. Todos sabemos que o preço é regido pela lei da procura e da oferta.
Desta forma fica claro que um país como a Jamaica, por exemplo, que exporta 29.127 sacos por ano tem um diferencial de preço em relação a nos que ofertamos 27.106.183 no mesmo período segundo dados da ICO.
Porto Rico e São Tome nem sequer aparecem nas estatísticas. Ou seja o preço alto não tem
nada a ver com a qualidade e sim com a raridade.
Para os amantes do café deve ser uma experiência exótica tomar um bom café raro.
Rovilso Gorini – Como produtor de café fico muito triste de ver o desprezo como tratam nossa cafeicultura, produzimos com qualidade,e nosso trabalho não é reconhecido lá fora, precisamos com urgência de medidas governamentais na área de marketing para reverter essa situação.
Eduardo – Acredito que somente com um mercado forte interno é possível obtermos preço lá fora. vejamos:nós aqui no Brasil tomamos a pior qualidade de café e pagamos preço de café de qualidade superior, nós somos os primeiros a não nos preocupar com qualidade, claro é que o nosso poder de compra também é baixo.
Precisamos melhorar nossa auto estima com isto elegermos um verdadeiro administrador para este país, crescermos internamente e divulgar o nosso produto lá fora, ai sim aplicarmos neste tipo de divulgação.
Julgacy Jose Gonçalves – Falta política pública que seja capaz de valorizar, divulgar e respeitar o “homem do campo”, pois a única classe que ainda paga o “pato” no Brasil é os produtores é como disse Pe. Antônio Vieira … Eles não querem nosso bem e sim nossos bens…, É ano de eleição vamos colocar políticos que valorizam quem produz em nosso País.
Marcos Antonio Bergamo Favaro – O que falta é uma política agrícola e econômica definitiva, que resolvesse de uma vez por todas dúvidas do setor produtivo. Aí sim, poderíamos pensar em uma política de marketing, pois qualidade o Brasil produz, falta divulgação e valorização.
BEIRA DOURO CAFÉS – Carlos Lapa – PORTUGAL: O que deveria mudar era a mentalidade da grande maioria dos torrefactores em Portugal. Quando se canaliza uma grande fatia da margem de lucro de um café para o barista, figura esta que não respeita o produto nem quem o produz, até porque nem o conheçe, logo aquilo que deveria ser a prioridade – a qualidade do café -passa a não qualquer importância no momento da negociação. Alguns torrefactores e seus comerciais porque também nunca viram café, o quanto custa para o produzir com qualidade, para estes o importante é comprar um preço, e quase invariávelmente cafés de inferior qualidade. Tudo que um torrefactor “oferece” ao dono de um bar para se tornar seu cliente, sai de dentro de uma bolsa de café. Quanto mais vulgaridades lhe “dá”, menos qualidade lhe pode oferecer. Com esta mentalidade, cada dia o consumidor toma pior café. O pequeno produtor, sem recursos extra e sem estímulo, tampouco poderá produzir melhor. Os grandes produtores ou cooperativas, terão que satisfazer as demandas dos grandes grupos do sector…que no caso de Portugal actuam desta forma. É uma pena! Brasil? Sim, existem cafés de elevadíssima qualidade, os quais compramos. Caros? Quando procuramos qualidade, o preço é sempre a última coisa a discutir. Tudo isto depende de como entendemos o nosso negócio.
Gláucio Lima Fonte Boa, Engº Agrº e Consultor Comercial em Cafeicultura – Patrocínio MG – Na minha opinião isso têm uma explicação clara e óbvia, o Brasil não investe em marketing pesado para angariar essa fatia de mercado lá fora e a maioria (com excessão do cerrado mineiro) dos produtores/comerciantes/exportadores e industriais aqui no Brasil acham que o marketing caffeeiro é uma medida desnecessária, bem…. enquanto os brasileiros continuarem aderindo a essa opinião os demais países citados na pesquisa agradecem e muito a não participação do Brasil nesse ramo. Apesar do Brasil já ter melhorado suas campanhas de marketing no decorrer dos últimos anos, ainda falta muito para se chegar a um patamar básico em marketing.
Pedro Augusto Meinberg – Sul de Minas – Cafés Petroni: Literalmente o cafeicultor brasileiro “colhe o que se planta”, temos a faca e o queijo na mão para nos tornarmos líderes do mercado mais não investimos nada em propaganda e marketing internacional.
Alisson Bueno Rossi – Sul de Minas – Falta muita coisa mas principalmente uma política de marketing mais séria, para apagar a imagem de que somos um país que só produz quantidade e não qualidade.
Antonio Minas Gerais – Falta uma política cafeeira por parte do governo, com estoques reguladores, no pico e na baixa produção.
O que você acha ? O que falta, falta alguma coisa, marketing, qualidade ?