São Paulo, 4 de Setembro de 2007 – Um grupo de quatro pequenos produtores de Garça, interior de São Paulo, vão embarcar 120 sacas de café orgânico para Bélgica na próxima semana. Essa será a primeira comercialização externa do café orgânico que vem sendo cultivado desde 2001, disse o produtor José Aparecido Pansani. Segundo ele, o café é da safra 2006/07 quando colheram 220 sacas. “O grande problema é colocar o café no mercado, pois é um pouco fechado pelo valor agregado’’, complementa.
O café orgânico, cultivado sem produtos químicos, é 40% mais valorizado que o convencional. Pansani informou que a saca de 60 quilos foi vendida à Bélgica entre US$ 207 e US$ 208, o equivalente a cerca de R$ 400, enquanto que o convencional está em R$ 240. Entretanto, o cafeicultor – que possui uma propriedade de 24 mil metros quadrados – disse que o retorno ainda não é positivo. “Investimos muito, e na primeira fase quebramos a cara, pois o mercado para comercialização é fechado’’, disse.
Pansani disse que a comercialização do café conseguiu deslanchar quando o setor buscou o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “Antes a gente vivia na base do erro e acerto. O problema é que às vezes pagávamos muito caro por conta de um erro”, afirma.
Das 220 sacas produzidas na safra 2006/07, 30 sacas foram vendidas no mercado doméstico a R$ 300, quando o convencional era vendido a R$ 210.
Segundo a gestora do projeto do Sebrae, Adriana Montoro, a iniciativa atende a 13 produtores em Garça, Ocauçu, Álvaro de Carvalho, Lupércio e Gália, que estão organizados na Associação dos Produtores Orgânicos de Garça e Região (Aprogar).
A expectativa do Sebrae é fortalecer a marca do orgânico. Hoje são 44,3 hectares de área cultivada com o café orgânico, e em 2006 foram colhidas 721 sacas de 60 quilos café. Ela disse que os produtores estão estocando a mercadoria na espera de preços melhores.
Os produtores paulistas começam a cultivar o café biodinâmico, uma variedade mais avançada que o café orgânico. A adubação do cafezal é feita com esterco de galinha e de gado, que passa por um processo de fermentação entre 70º e 60º. “Isso elimina todo o organismo maléfico’’, disse Pansani. Além disso, o café é produzido por é diferente porque tira nutriente do ar e fixa na terra, através de um organismo fixado na raiz do pé de café.
(Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 7)(Viviane Monteiro)
AGRONEGÓCIO
04/09/2007
São Paulo, 4 de Setembro de 2007 – Um grupo de quatro pequenos produtores de Garça, interior de São Paulo, vão embarcar 120 sacas de café orgânico para Bélgica na próxima semana. Essa será a primeira comercialização externa do café orgânico que vem sendo cultivado desde 2001, disse o produtor José Aparecido Pansani. Segundo ele, o café é da safra 2006/07 quando colheram 220 sacas. “O grande problema é colocar o café no mercado, pois é um pouco fechado pelo valor agregado’’, complementa.
O café orgânico, cultivado sem produtos químicos, é 40% mais valorizado que o convencional. Pansani informou que a saca de 60 quilos foi vendida à Bélgica entre US$ 207 e US$ 208, o equivalente a cerca de R$ 400, enquanto que o convencional está em R$ 240. Entretanto, o cafeicultor – que possui uma propriedade de 24 mil metros quadrados – disse que o retorno ainda não é positivo. “Investimos muito, e na primeira fase quebramos a cara, pois o mercado para comercialização é fechado’’, disse.
Pansani disse que a comercialização do café conseguiu deslanchar quando o setor buscou o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “Antes a gente vivia na base do erro e acerto. O problema é que às vezes pagávamos muito caro por conta de um erro”, afirma.
Das 220 sacas produzidas na safra 2006/07, 30 sacas foram vendidas no mercado doméstico a R$ 300, quando o convencional era vendido a R$ 210.
Segundo a gestora do projeto do Sebrae, Adriana Montoro, a iniciativa atende a 13 produtores em Garça, Ocauçu, Álvaro de Carvalho, Lupércio e Gália, que estão organizados na Associação dos Produtores Orgânicos de Garça e Região (Aprogar).
A expectativa do Sebrae é fortalecer a marca do orgânico. Hoje são 44,3 hectares de área cultivada com o café orgânico, e em 2006 foram colhidas 721 sacas de 60 quilos café. Ela disse que os produtores estão estocando a mercadoria na espera de preços melhores.
Os produtores paulistas começam a cultivar o café biodinâmico, uma variedade mais avançada que o café orgânico. A adubação do cafezal é feita com esterco de galinha e de gado, que passa por um processo de fermentação entre 70º e 60º. “Isso elimina todo o organismo maléfico’’, disse Pansani. Além disso, o café é produzido por é diferente porque tira nutriente do ar e fixa na terra, através de um organismo fixado na raiz do pé de café.
(Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 7)(Viviane Monteiro)