‘Chico da Mata’ tem uma barragem de 300 metros na propriedade dele.
Nascentes brotam por conta da preservação de 8 hectares de mata
Cerca de 10 nascentes brotam na propiedade
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)
24/07/2016 07h00
A cidade de Vila Valério, no Norte do Espírito Santo, foi uma das cidade mais afetadas pela seca. O município que que já chegou a produzir 850 mil sacas de café, deve fechar a colheita deste ano com 250 mil sacas, de acordo com o Incaper.
Entre os produtores rurais, Francisco Rossini perdeu 70% da colheita, mas o cafezal dele continua verde. É porque ele mantém uma barragem que, mesmo com a estiagem, continua cheia de água.
Água da barragem é distribuida para comunidades
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)
A barragem que tem cerca de 300 metros fornece água para Seu Francisco e mais oito produtores da região de Jurama, interior de Vila Valério.
Além dos produtores, a água da barragem abastece um caminhão pipa cerca de dez vezes por dia para distribuir água nas comunidades vizinhas. “Mesmo tirando, não desce o nível de água da barragem”, contou o produtor.
O segredo do produtor para ter água em abundância é a preservação da natureza. Francisco comprou a propriedade há 30 anos, na época a mata estava sendo derrubada. “Foi comprado sem a ‘madeira’, a ‘madeira’ grossa eles já tinha tirado. Então foi deixado e a vegetação tornou a crescer”.
Hoje a propriedade tem cerca de oito hectares de mata, o que equivale a oito campos de futebol. Com a mata, várias nascentes de águas limpas e cristalinas brotaram da terra. Seu Francisco conta que são dez fontes, todas próximas da mata.
Além da água, a floresta rendeu a ele o apelido de ‘Chico da Mata’ e ele afirma que outros também podem ter a riqueza de água.
“Não é tão difícil! É fácil, só precisa cercar uma área, não deixa ninguém pisar, nem animal. Devagarzinho a água vai voltando. Tem que ter amor a natureza, sem amor a natureza não consegue fazer isso mais”.
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