Produtor de café mostra a Mantega tamanho da dívida

Por: DCI

BELO HORIZONTEBRASÍLIA – O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes, foi uma das lideranças do setor que, ao lado do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, estiveram reunidos ontem com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tratar do endividamento da cafeicultura nacional.


“Expusemos a crônica situação financeira que a atividade vivencia pelo menos ao longo dos últimos dez anos, período em que os custos com insumos, adubos, máquinas e mão de obra subiram mais de 500%, enquanto o preço do café avançou pouco mais de 20%”, relatou Ximenes. Segundo ele, a dívida do setor chega a R$ 4,2 bilhões.


De acordo com ele, ao mostrarem a defasagem ocorrida no preço pago pela saca de café, as lideranças apresentaram os pleitos elaborados pelo setor para solucionar o passivo financeiro e gerar renda à atividade. “Defendemos a possibilidade de conversão da dívida monetária em produto físico e a implementação de um programa de Leilões de Opções Públicas de Venda”, relatou.


O presidente do CNC explicou que a conversão da dívida seria feita por um período de 20 anos, a um preço de referência de R$ 320, sem implantação de taxa de juros e com o pagamento, em sacas de café, do correspondente a 5% da dívida financeira total ao ano. “Concretizando essa proposta, daremos um passo definitivo sobre o endividamento”, disse.


No tocante aos Leilões de Opções Públicas de Venda de Café, Ximenes salientou a necessidade de suporte orçamentário na ordem de R$ 1 bilhão para a aquisição de 3 milhões de sacas. “A implantação do programa de leilões é a ferramenta ideal para sanarmos o problema da renda do cafeicultor”, completou.


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