Produtor da Argentina quer usar tablets para colher dados no campo

Grupo Los Grobo trabalha com celulares e impressoras há quatro anos.
‘Devemos testar o uso de tablets ainda neste ano’, diz diretor.





Gabriela Gasparin Do G1 em Buenos Aires – a repórter viajou a convite da Expedição Safra, da Gazeta do Povo











Após adotar um sistema com smartphones que transmite em tempo real à empresa as informações colhidas por técnicos nas plantações, o grupo argentino Los Grobo, produtor de grãos, pretende testar ainda neste ano o uso de tablets nas lavouras para a troca de informações.


A empresa, que planta em cerca de 250 mil hectares na Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, entre terras próprias e arrendadas, adotou o sistema informatizado nos campos há cerca de quatro anos, de acordo com o diretor Gerardo Burrial, e quer aprimorá-lo com o uso dos tablets.


O engenheiro agrônomo Daniel Pompas visita os agricultores com o smatphone e a impressora, que já imprime a ficha com os dados do campo ao produtor (Foto: Gabriela Gasparin/G1)O engenheiro agrônomo Daniel Pompas visita os agricultores com o smartphone e a impressora, que já imprime a ficha com os dados do campo ao produtor (Foto: Gabriela Gasparin/G1)

“Devemos escolher uns quatro ou cinco equipamentos para começar os testes com tablets ainda neste ano”, disse, ressaltando que ainda não há, contudo, uma data para a substituição dos equipamentos – atualmente, são usados aparelhos da HP.


A utilização do sistema teve um investimento de aproximadamente US$ 100 mil, levando em conta o desenvolvimento do software usado nos aparelhos.


Além do smartphone, os engenheiros agrícolas visitam as plantações com uma mini-impressora que imprime, na mesma hora, uma espécie de ficha com as recomendações do técnico ao produtor (como quantidade de fertilizantes a ser usada no campo). As mesmas informações são salvas no sistema da empresa e é atualizado em tempo real.


De acordo com Burrial, o uso do sistema elimina uma séria de processos, reduzindo custos. “Antes, o dono do campo passava as informações para a secretária, que depois passava por fax ou e-mail. Hoje temos informações mais precisas, de forma mais rápida e eficiente”, disse. A empresa diz ser a única a usar o tipo de sistema nos campos.


Com faturamento de aproximadamente R$ 1 bilhão em 2011, a empresa prevê manter o faturamento neste ano especialmente pelas operações no Brasil. Em solo argentino, a previsão é de perdas da ordem de 20%.


Um dos problemas enfrentados pela empresa na Argentina é o alto custo do arrendamento das terras. De acordo com ele, atualmente o preço da terra corresponde a 65% do custo da produção. A empresa diz que paga um preço fixo para os proprietários da terra, independentemente do rendimento. Neste ano, a previsão é negociar uma remuneração variável de acordo com a colheita. “Queremos baixar o custo da terra pelo menos a 50%”, afirmou.


Por conta da falta de chuva neste ano, a empresa prevê uma queda entre 30% e 40% na colheita de soja e milho nesta safra (2011/12), afirmou Fernando Meoli, gerente de produção agrícola.

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