O produtor capixaba Floriano Grunewald, de Itarana, é o único capixaba classificado para a final do 15º Prêmio Brasil de Qualidade de Café, uma promoção da Illy Café, uma das maiores torrefadoras de café do mundo, sediada na Itália.
O concurso recebeu um total de 700 amostras. Dessas, 50 foram aprovadas e adquiridas pela Illy, e hoje serão premiados os dez vencedores. O evento será realizado no Espaço Rosa Rosarum, bairro de Pinheiros, na Capital paulista, às 19h30.
Promovido anualmente, o prêmio distribui valores que chegam a um total de US$ 100 mil. Desde a primeira edição, já foram divididos mais de U$ 1,5 milhão entre centenas de premiados. Pelo regulamento, a Illy também assegura a compra dos lotes de café de todos os 50 finalistas.
Por meio da atuação da empresa, diversas áreas cafeeiras foram “descobertas” e hoje são reconhecidas como excelentes produtoras. Dentre elas a região de Piraju (SP), as Matas de Minas (ex-Zona da Mata), as Montanhas do Espírito Santo e o próprio cerrado.
Na seleção deste ano, as 50 amostras finalistas ficaram divididas por região, sendo 21 da Zona da Mata, 15 do Sul de Minas, 13 do Cerrado e uma do Espírito Santo.
O secretário estadual de Agricultura, Ricardo Ferraço, vai participar do evento e destaca que o Estado vem se consolidando como fornecedor de cafés de qualidade. “O segmento de cafés especiais vem se desenvolvido bastante no Estado sendo uma forma de agregar valor ao produto. O concurso reconhece aqueles que se engajam na busca pela qualidade, remunerando-os e oferecendo preços acima dos praticados no setor”.
Atualmente, a Illy aumentou em mais de 1.000% a quantidade de sacas compradas do Brasil. Além disso, muitos outros concursos de qualidade foram lançados, seguindo a linha da torrefadora e dos próprios consumidores, já que o crescimento do mercado de cafés especiais gira em torno de 10 a 15% ao ano, enquanto que o commodity varia apenas de 1 a 3%.
O trabalho que a torrefadora vem realizando nos últimos 15 anos já mostra resultados. Os cafés comprados hoje diretamente dos produtores são certificados em lotes lacrados. O novo conceito foi assimilado pelos cafeicultores que agora buscam aperfeiçoarem-se cada vez mais para atingir o mais alto nível de qualidade.
“Há pouco mais de uma década a regra era máxima quantidade e preço mínimo. A qualidade, então, não era considerada um fator importante. A ação da Illy Café reforçou a noção de que, ao contrário do que se pensava, o futuro da cafeicultura no Brasil está no produto de qualidade com preço justo. E isto, mais que futuro, já faz parte do nosso presente”, comemora Ernesto Illy, presidente honorário da empresa e anfitrião desta noite.
|