Produção de café na Colômbia atinge máxima de várias décadas

A Colômbia produziu 1,29 milhões de 60 kg de café arábica em fevereiro, segundo o grupo de produtores de café do país, a Fedecafe.

Por: Tradução: Jhonatas Simião

A produção colombiana de café atingiu máximas de várias décadas atrás em fevereiro, quando os produtores obtiveram as recompensas de uma iniciativa de replantio de longo prazo que visava diminuir a vulnerabilidade das plantações à ferrugem.


A Colômbia produziu 1,29 milhões de 60 kg de café arábica em fevereiro, segundo o grupo de produtores de café do país, a Fedecafe.


Esse dado representa um aumento de 18% de um ano para o outro, e o maior número de produção do mês de fevereiro em 35 anos.


Dados ‘impressionantes’


As exportações colombianas de café subiram 7% de um ano para o outro em fevereiro, 1,18 milhões de sacas.


Os embarques acumulados do país até agora nesta temporada, que começou em outubro de 2016, são cerca de 9% maiores do que o volume registrado no mesmo período do ano passado, com 6,28 milhões de sacas.


“Esses números são impressionantes e parece que a Colômbia está bem encaminhada para uma safra de 15 milhões de sacas previstas para o presente ano cafeeiro”, disse a comerciante de café I&M Smith.


O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) vê a produção colombiana de café em 2016/17 com sacos de 14,50 milhões de sacas, o maior nível desde 1992.


Programa de replantio dá frutos


A comerciante de café sul-africana, I&M Smith, disse que o aumento da produção é resultado de “um extenso programa de replantio de árvores mais velhas juntamente com melhoramento agrícola e insumos”.


A produção colombiana de café despencou devido a uma epidemia de ferrugem que ocorreu em 2008, forçando o replantio em grande escala com variedades resistentes à ferrugem.


À medida que essas árvores atingem a maturidade, a produção colombiana está saltando de volta para máximas de décadas.


Riscos climáticos


A I&M Smith alertou sobre os relatos de chuvas excessivas em partes da Colômbia, que resultaram em “florescimento irregular para as colheitas seguintes”.


A comerciante advertiu que os relatórios de chuvas sugerem que “talvez o constante crescimento na produção do café colombiano possa muito bem diminuir em relação aos níveis atuais, no curto prazo”.


Mas, sem expectativas de um El Niño severo, a I&M Smith disse que os mercados podem esperar “a produção colombiana mais uma vez aumentando durante a segunda metade do próximo ano”.


Fonte: Agrimoney

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