Mato Grosso possui uma área de 20,3 mil hectares destinados à produção de café. A maior concentração está na região Noroeste, mais conhecida como ‘Rota do Café’, onde estão localizados os municípios de Colniza, Cotriguaçu, Nova Bandeirantes, Alta Floresta e Rondolândia com alta produção de grãos e potencial de crescimento da atividade. Com o auxílio da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Apoio e Extensão Rural (Empaer), o Governo do Estado pretende elaborar um projeto que visa o incentivo da cafeicultura em Mato Grosso em propriedades de pequenos produtores. Projeto em elaboração prevê investimentos de R$ 1 milhão em cada um dos cinco municípios visitados.
A intenção é implantar em Mato Grosso a produção de café clonal, uma técnica desenvolvida pela Embrapa de Rondônia. A técnica consiste na reprodução da planta de café conservando toadas as suas caraterísticas produtivas, bem como de resistência ou tolerância ao ataque de pragas e doenças, o que facilita a formação de lavouras homogêneas de alta produtividade.
A técnica do café clonal possui uma produtividade quatro vezes maior que a convencional utilizada em Mato Grosso.
De acordo com a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), Mato Grosso na safra 2015 foram destinados a produção de café 20,3 mil hectares, 1,1% a mais que em 2014. O estado possui produção de café arábica e conilon. O último levantamento divulgado pela Conab em junho de 2015, apontava uma produtividade de 7,46 sacas por hectare e uma produção de 151,8 mil sacas beneficiadas.
Entre os dias 02 e 06 de setembro, uma equipe técnica da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf-MT) percorreu a chamada Rota do Café, na região Noroeste do estado. Foram percorridos 2,5 mil quilômetros pela comitiva que visitou as secretarias municipais deagricultura, sedes locais da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Apoio e
Extensão Rural (Empaer) e pequenas propriedades produtoras.
Conforme a Seaf-MT, a intenção era verificar in local a produção de café na região Noroeste de Mato Grosso, que fica próxima a Rondônia, que hoje é considerada referência na produção de café no Brasil com uma área de 100 mil hectares e experiência em café clonal.
“Com o apoio técnico da Embrapa, Empaer, dialogando com as universidades estaduais vamos demandar cursos técnicos voltados para a cafeicultura, para alavancar a produção”, pontuou o secretário Suelme Fernandes, que esteve na comitiva.
A técnica do café clonal permite uma produtividade quatro vezes maior que a convencional, o que segundo Suelme Fernandes, ““Assim, a produtividade e possibilidade de comercialização será maior. Vamos priorizar a inclusão produtiva dos agricultores familiares que se dedicam a esse importante produto que consumimos todos os dias”.
Um projeto de incentivo a cafeicultura em Mato Grosso será elaborado pela Seaf-MT com a disseminação de café clonal. A princípio o projeto deverá atender 90 produtores de café de cada município percorrido (Colniza, Cotriguaçu, Nova Bandeirantes, Alta Floresta e Rondolândia) e que tenham o compromisso com a recuperação de área degradada.
O investimento, revela a Seaf-MT, previsto para cada cidade é de aproximadamente R$ 1 milhão e irá atender o pequeno produtor com assistência técnica, infraestrutura de veículos, insumos, irrigação, e orientação com cursos técnicos que irão possibilitar a inclusão produtiva, através de parceria entre município, governo, instituições privadas e o próprioagricultor familiar.
Fonte: AgroOlhar