Produção de café do México caiu 36% nos últimos 10 anos

3 de setembro de 2008 | Sem comentários Comércio Exportação

Produção de café do México caiu 36% nos últimos 10 anos


Se por um lado o consumo de café gourmet no México aumentou, a produção do mesmo diminuiu cerca de 36% nos últimos 10 anos, passando de 5,5 milhões para 3,5 milhões de sacas de 60 kg.


Em entrevista a Agência El Semanario, Thomas Flueck, diretor geral da Café Gourmet Express, afirmou que, apesar da produção de café de alta qualidade ter diminuído, sua participação na produção total cresceu, devido à existência de uma menor produção de café de baixa qualidade, por ser considerado menos rentável.


Segundo Flueck, o consumo per capita de café gourmet, no país, duplicou nos últimos 12 anos, passando de 800 gramas para 1,5 quilos per capita por ano. Mesmo assim, o consumo ainda é muito inferior, se comparado aos 7 quilos per capita da Europa e aos 11 quilos dos países escandinavos.


Os produtores de café diminuíram sua produção a partir da crise dos anos 90, quando o preço internacional do café caiu diante da entrada de novos produtores, de acordo com Flueck.


“Atualmente, o desafio do país é ensinar e educar as pessoas no consumo do produto e em particular no consumo do café de alta qualidade. A maioria das pessoas toma café solúvel por ser mais prático, mas, é importante que o gourmet ganhe terreno e presença entre os consumidores”, destacou Flueck.


Café gourmet versus tradicional: grande diferença de preços


A diferença de preços entre o café goumert e o tradicional é grande, em especial quando se mede em termos de rentabilidade por xícara, assegurou Flueck. Ele explicou ainda que o preço do tradicional oscila entre US$ 6,75 e US$ 5,79 por quilo, enquanto que o goumert se encontra entre US$ 9,65 e US$ 11,58 por quilo.


Flueck afirmou que, na realidade, a diferença dos preços entre os dois tipos de cafés é gerada a partir da inclusão de outras variáveis como, por exemplo, a determinação do preço de venda pela cafeteria, restaurante, publicidade, marca, etc.


Além disso, em função do alto preço dos insumos, as indústrias de café têm sido afetadas nos seus diferentes elos. O que mais tem afetado as indústrias são: os produtos agroquímicos, o transporte, a água e alguns gastos administrativos.


De acordo com Flueck, esta situação tem provocado o retorno dos produtores mexicanos ao sistema de preços fixos, na qual eles garantem a quantidade necessária da produção, abandonando, cada vez mais, o ajustamento de preços através do mercado internacional de café (Londres e Nova York).


A diferença entre o café gourmet e os outros cafés de menor qualidade (tradicional) firma-se na matéria-prima e no processo de produção do grão. O também chamado café superior deve ser cultivado entre 1.000 e 900 metros acima do nível do mar.


Em nível mundial, a tendência é de que os países produtores de café tradicional e, que também são grandes produtores de grão superior, passem a consumir, cada vez mais, café gourmet. Entre os países se destacam: México, Guatemala, Costa Rica, Colômbia, Venezuela, Peru, Quênia, Tanzânia e Índia.


As informações partem de agências internacionais.


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