20/12/2013
Apesar da queda trimestral de 0,6% no PIB do agronegócio mineiro, o setor agrícola do Estado prevê fechar o ano com crescimento de 1,5% e valor gerado de R$ 149,2 bilhões no período. Os dados foram divulgados ontem pelo secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento. Com esse resultado, a participação de Minas Gerais no PIB do agronegócio nacional é de 13,9%.
De acordo com balanço divulgado pela Seapa, o Estado aumentou sua produção e suas exportações, mas teve uma queda no valor gerado com a venda dos produtos. A safra total de Minas para 2012/2013 está prevista em 12,3 milhões de toneladas e, entre janeiro e novembro desse ano, mais da metade desse montante foi exportado (6,8 milhões de toneladas), com destaque para o café, com alta de 20% no total exportado, da soja, de 60,4%, e carne bovina, 22,2%. Apesar disso, houve uma queda de 5,2% no valor gerado com as exportações, que devem render US$ 6,8 bilhões neste ano.
Na avaliação de Nascimento, a desvalorização do preço internacional do café é o principal fator que explica o desempenho tímido no valor geral das exportações. “Infelizmente neste ano o preço foi bem aquém do valor no ano passado. Acreditamos em uma reação dos preços no próximo ano, mas neste ano afetou muito”, disse o secretário durante entrevista coletiva. O próprio governador Antonio Anastasia, durante divulgação do PIB trimestral do Estado no começo da semana, atribuiu o resultado ao mau desempenho do café.
Os produtores reclamam que o preço pago atualmente pela saca do café (entre R$ 240 e R$ 250) é insuficiente para cobrir os custos de produção. O valor mínimo apontado pelos produtores para que o produto volte a ser viável é de R$ 340. Apenas como base de comparação, há dois anos a saca de 60 kg valia R$ 500.
O governo federal já aprovou, no mês passado, a prorrogação e renegociação das dívidas de cafeicultores, que podem significar ao Tesouro uma renúncia de R$ 500 milhões. No entanto, o setor ainda aguarda uma atuação mais incisiva do governo federal. A expectativa é pela estocagem de 10 milhões de sacas de café, que ajudariam a elevar os preços. Embora o governo tenha admitido a possibilidade, ainda não há previsão de quando essa estocagem poderá acontecer.
Código
Produção – A aprovação, pela ALMG, do novo Código Florestal Mineiro, deve impulsionar o agronegócio do Estado, sobretudo com a flexibilização das regras para criação de áreas irrigadas, que aumentam a produtividade das áreas plantadas.
Minas tem mais municípios entre cem maiores
Um em cada cinco municípios que compõem o ranking dos cem maiores PIBs agropecuários do país estão em Minas Gerais. A lista foi divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrando a participação municipal no PIB brasileiro em 2011. O Estado tem o maior número de municípios na lista: 23.
Os mineiros mais bem-sucedidos em gerar riquezas com a produção rural estão concentrados no Triângulo, Noroeste e Alto Paranaíba. As três regiões têm a produção agropecuária diversificada, mas com destaque em grãos e pecuária, e altos índices de produtividade.
Dentre os municípios que se destacaram o único que não pertence a essas regiões é Três Pontas, no sul do Estado. O ranking mineiro é liderado por Uberaba, seguida de perto por Unaí, municípios que, na relação nacional, ocupam a 10ª e a 11ª posições, respectivamente.
Fonte: Jornal O Tempo
Estado prevê fechar o ano com crescimento de 1,5% no setor
Vilão. O café foi um dos problemas no PIB agrícola de Minas, apesar de ter sido mais exportado
PUBLICADO EM 19/12/13 – 04h00
Pedro Grossi
Apesar da queda trimestral de 0,6% no PIB do agronegócio mineiro, o setor agrícola do Estado prevê fechar o ano com crescimento de 1,5% e valor gerado de R$ 149,2 bilhões no período. Os dados foram divulgados ontem pelo secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento. Com esse resultado, a participação de Minas Gerais no PIB do agronegócio nacional é de 13,9%.
De acordo com balanço divulgado pela Seapa, o Estado aumentou sua produção e suas exportações, mas teve uma queda no valor gerado com a venda dos produtos. A safra total de Minas para 2012/2013 está prevista em 12,3 milhões de toneladas e, entre janeiro e novembro desse ano, mais da metade desse montante foi exportado (6,8 milhões de toneladas), com destaque para o café, com alta de 20% no total exportado, da soja, de 60,4%, e carne bovina, 22,2%. Apesar disso, houve uma queda de 5,2% no valor gerado com as exportações, que devem render US$ 6,8 bilhões neste ano.
Na avaliação de Nascimento, a desvalorização do preço internacional do café é o principal fator que explica o desempenho tímido no valor geral das exportações. “Infelizmente neste ano o preço foi bem aquém do valor no ano passado. Acreditamos em uma reação dos preços no próximo ano, mas neste ano afetou muito”, disse o secretário durante entrevista coletiva. O próprio governador Antonio Anastasia, durante divulgação do PIB trimestral do Estado no começo da semana, atribuiu o resultado ao mau desempenho do café.
Os produtores reclamam que o preço pago atualmente pela saca do café (entre R$ 240 e R$ 250) é insuficiente para cobrir os custos de produção. O valor mínimo apontado pelos produtores para que o produto volte a ser viável é de R$ 340. Apenas como base de comparação, há dois anos a saca de 60 kg valia R$ 500.
O governo federal já aprovou, no mês passado, a prorrogação e renegociação das dívidas de cafeicultores, que podem significar ao Tesouro uma renúncia de R$ 500 milhões. No entanto, o setor ainda aguarda uma atuação mais incisiva do governo federal. A expectativa é pela estocagem de 10 milhões de sacas de café, que ajudariam a elevar os preços. Embora o governo tenha admitido a possibilidade, ainda não há previsão de quando essa estocagem poderá acontecer.
Código
Produção. A aprovação, pela ALMG, do novo Código Florestal Mineiro, deve impulsionar o agronegócio do Estado, sobretudo com a flexibilização das regras para criação de áreas irrigadas, que aumentam a produtividade das áreas plantadas.
Minas tem mais municípios entre cem maiores
Um em cada cinco municípios que compõem o ranking dos cem maiores PIBs agropecuários do país estão em Minas Gerais. A lista foi divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrando a participação municipal no PIB brasileiro em 2011. O Estado tem o maior número de municípios na lista: 23.
Os mineiros mais bem-sucedidos em gerar riquezas com a produção rural estão concentrados no Triângulo, Noroeste e Alto Paranaíba. As três regiões têm a produção agropecuária diversificada, mas com destaque em grãos e pecuária, e altos índices de produtividade.
Dentre os municípios que se destacaram o único que não pertence a essas regiões é Três Pontas, no sul do Estado. O ranking mineiro é liderado por Uberaba, seguida de perto por Unaí, municípios que, na relação nacional, ocupam a 10ª e a 11ª posições, respectivamente.