Publicação: 30/11/06
A safra brasileira de café arábica 2007/08, que responde por 65% da produção nacional (41,6 milhões de sacas), deve ficar em média entre 30% e 50% menor que a anterior, de 32 milhões de sacas. Com isso, o País colherá entre 18 e 20 milhões de sacas de arábica, totalizando um produção de 28 a 32 milhões de sacas (incluindo o robusta).
O levantamento do Conselho Nacional do Café (CNC), divulgado ontem, engrossa o coro das previsões pessimistas do mercado diante da bianualidade da cafeicultura, alinhada à frustração da florada dos cafezais que, em parte, foi prejudicada pela seca nos primeiros meses do ano. Segundo o diretor-executivo do CNC, Alberto Portugal, o País deve colher de 18 a 20 milhões de sacas de café arábica na safra 2007/08, cujos brotinhos começam a aparecer em algumas regiões.
A produção total (entre 28 e 32 milhões de sacas) só não será menor porque o café robusta – que não foi influenciado pelo clima, por ser plantado em áreas mais baixas – deve compensar a queda do arábica. O estudo foi realizado com 20 cooperativas de Minas Gerais e São Paulo, que reúnem 65 mil produtores e cultivam em torno de 40% da produção nacional. A frustração da florada do arábica se intensificou.
A Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), que em setembro previa queda de 37% na nova safra, está mais pessimista. Espera um recuo adicional entre 13,7% e 32,3% em relação à projeção anterior. O governo prevê que a produção caia até 35%, segundo uma fonte reservada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgará o primeiro levantamento em 15 de dezembro. A Cooperativa dos Cafeicultores de Campos Gerais e Campo do Meio (Coopercam) que previa queda na safra de 40% já avalia recuo de 75%. A previsão de uma forte redução da safra de café ocorre em uma ocasião em que os estoques mundiais são os mais baixos dos últimos 26 anos – 14,9 milhões do ano agrícola 2005/06 ante aos 21,2 milhões da temporada anterior – o que refletirá nos preços. “Há uma convergência de fatores que torna o mercado muito ajustado entre a oferta e a demanda”, diz Portugal.
Segundo ele, se isso ocorrer, as torrefadoras vão aumentar os blends (mistura). A média hoje é de 35% de café robusta misturado ao arábica.
30/11/2006 10:11:09 –
A safra brasileira de café arábica 2007/08, que responde por 65% da produção nacional (41,6 milhões de sacas), deve ficar em média entre 30% e 50% menor que a anterior, de 32 milhões de sacas. Com isso, o País colherá entre 18 e 20 milhões de sacas de arábica, totalizando um produção de 28 a 32 milhões de sacas (incluindo o robusta).
O levantamento do Conselho Nacional do café (CNC), divulgado ontem, engrossa o coro das previsões pessimistas do mercado diante da bianualidade da cafeicultura, alinhada à frustração da florada dos cafezais que, em parte, foi prejudicada pela seca nos primeiros meses do ano.
Segundo o diretor-executivo do CNC, Alberto Portugal, o País deve colher de 18 a 20 milhões de sacas de café arábica na safra 2007/08, cujos brotinhos começam a aparecer em algumas regiões. A produção total (entre 28 e 32 milhões de sacas) só não será menor porque o café robusta – que não foi influenciado pelo clima, por ser plantado em áreas mais baixas – deve compensar a queda do arábica.
O estudo foi realizado com 20 cooperativas de Minas Gerais e São Paulo, que reúnem 65 mil produtores e cultivam em torno de 40% da produção nacional.
A frustração da florada do arábica se intensificou. A Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), que em setembro previa queda de 37% na nova safra, está mais pessimista. Espera um recuo adicional entre 13,7% e 32,3% em relação à projeção anterior.
O governo prevê que a produção caia até 35%, segundo uma fonte reservada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgará o primeiro levantamento em 15 de dezembro. A Cooperativa dos Cafeicultores de Campos Gerais e Campo do Meio (Coopercam) que previa queda na safra de 40% já avalia recuo de 75%.
A previsão de uma forte redução da safra de café ocorre em uma ocasião em que os estoques mundiais são os mais baixos dos últimos 26 anos – 14,9 milhões do ano agrícola 2005/06 ante aos 21,2 milhões da temporada anterior – o que refletirá nos preços.
“Há uma convergência de fatores que torna o mercado muito ajustado entre a oferta e a demanda’’, diz Portugal. Segundo ele, se isso ocorrer, as torrefadoras vão aumentar os blends (mistura). A média hoje é de 35% de café robusta misturado ao arábica.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 12)(Viviane Monteiro)