29/09/09
Carmen Pompeu, FORTALEZA
O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse ontem em Fortaleza que o problema das exportações brasileiras não está no câmbio, mas no impacto sofrido pelos mercados tradicionais, que reduziram suas compras por causa da crise mundial. Ele afirmou que o governo busca incentivar novos mercados, mas descartou reduzir impostos ou juros das empresas exportadoras. “O papel do governo é o seguinte: quanto menos atrapalhar melhor.” Segundo Jorge, “os juros estão bons”. “Nunca foram tão baixos.”
A economia brasileira vai crescer 5% em 2010, disse o ministro. Ele reafirmou a informação dada ontem, na Venezuela, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro de chefes de Estado da América do Sul e da África. Para isso, de acordo com o ministro, o Brasil vai manter o arranjo econômico que deu sustentação ao País para enfrentar a crise econômica mundial.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa “Minha Casa, Minha Vida” e a exploração do petróleo na camada do pré-sal são, segundo Miguel Jorge, os três pilares que sustentam essa previsão mais otimista para 2010, ante previsão anterior de 4,5% feita pelo governo brasileiro.
Miguel Jorge abriu ontem o 5º Encontro Empresarial de Negócios na Língua Portuguesa, que prossegue até hoje no Centro de Convenções Edson Queiroz. O evento reúne cerca de mil empresários de oito países que têm o português como idioma.