Durante o primeiro leilão do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) para o café, foram arrematadas 4 milhões de sacas ofertadas com um prêmio de R$ 39,99 para os produtores. Do total de R$ 200 milhões disponíveis, cerca de R$ 160 milhões foram comprometidos e serão pagos como prêmio da operação. Participaram do pregão 12 corretoras de valores e os lances foram feitos a partir de dez bolsas de mercadorias de todo o País.
O presidente da Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, explica que o leilão tem como principal objetivo defender a política de preços mínimos pagos ao produtor.
– O resultado comprova a eficiência e a importância que o produtor dá a esse mecanismo inovador – afirma Mesquita.
Segundo o presidente da Comissão, o Pepro é uma ferramenta para garantir que os preços recebidos pelo produtor assegurem, ao menos, os custos operacionais da lavoura. Ele avalia que o programa foi lançado em um momento oportuno.
– Devido aos gastos com mão-de-obra, que representam cerca de 30% do custo total de produção, o produtor tende a concentrar suas vendas durante a colheita, o que pressiona os preços para baixo – declara.
Durante todo o primeiro semestre deste ano, técnicos da CNA, do Conselho Nacional do Café (CNC), do Executivo e da bancada parlamentar trabalharam na elaboração do Prêmio.
– As entidades representativas dos cafeicultores trabalharam muito, com o apoio do governo e da Bancada do Café, para elaborar essa forma de tranqüilizar os produtores – conclui Breno Mesquita.
O segundo pregão está marcado para 11 de julho e negociará 1 milhão de sacas de café.
Do Agrol Notícias