fonte: Cepea

Previsão de chuvas no Brasil pressiona café em NY

Os preços do café arábica caíram nessa semana, até a quinta-feira (21/09), na Bolsa de Mercadorias de Nova York.

22 de setembro de 2017 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Porto Alegre, 22 de setembro de 2017 –  O mercado de clima foi determinante para as atividades na bolsa na semana. Se antes a falta de chuvas no Brasil, em época de floradas que vão resultar na safra de 2018, vinha dando sustentação a altas para o arábica em NY, a previsão de precipitações para a virada de outubro pressionou para baixo as cotações.


O consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, lembra que com o estresse com a falta de chuva no Brasil, o arábica com vencimento em Dezembro/17 chegou a trabalhar acima da linha de 140 centavos de dólar por libra-peso na ICE Futures em Nova York. “Ao longo do movimento de alta, o café acabou vencendo importantes resistências, o que ajudou a quebrar a lógica negativa, que predominava até então”, comenta.


Entretanto, ele destaca que a previsão de chuvas para o início de outubro no Brasil tirou o suporte climático e levou a um forte movimento negativo. Na queda, o arábica nova-iorquino perdeu a linha de 140 cents e também as referências de longo prazo, o que alterou, novamente, as feições do mercado. “Essa volatilidade é característica do mercado de clima”, ressalta.


A posição dezembro/17  trocou de mãos a 143,25 cents na máxima da última segunda-feira (18). E, com isso, o arábica acumulava ganhos de 13,02%, tomando como referência a mínima da sessão do dia 06 de setembro (126,75). O café terminou a quinta-feira (21) a 135,00 cents, acumulando na semana uma queda de 4,5%.


Para Barabach, a flutuação do dólar, do petróleo e do índice CRB devem continuar influenciando o andamento do café na ICE. “Notícias da safra de Centrais, Colômbia e Vietnã também devem ter alguma peso, por estarem iniciando um novo ciclo produtivo. Mas, sem dúvida, o principal determinante nas próximas semanas será o clima no Brasil. Os modelos meteorológicos indicam o retorno das chuvas. A confirmação da mudança do padrão climático pode acelerar o desmanche do ‘prêmio de risco’ climático e dar mais intensidade ao movimento de baixa”, adverte o consultor.

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