Pressão do dólaries (Commodities Agrícolas)

7 de dezembro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: VALOR ECONÔMICO

07/12/2009 

Os preços do café na bolsa de Nova York terminaram a sexta-feira no nível mais baixo dos duas últimas semanas. Os contratos para março recuaram 330 pontos e encerraram cotados a 141,35 centavos de dólar por libra-peso. Segundo a Bloomberg, o café foi pressionado pela alta do dólar no mercado internacional. Analistas disseram que a moeda americana começou a subir depois que o governo dos EUA divulgou seu relatório de desemprego, que mostrou uma queda inesperada. No mercado interno, o café também recuou. O indicador Esalq fechou em baixa de 1,4% a R$ 275,37 por saca. Nesta semana, o governo inicia a compra de café por meio de Aquisição do Governo Federal (AGF). No caso do café tipo 6, bebida dura para melhor, a base será preço mínimo de R$ 261,69 por saca.


Mercado em baixa. A valorização do dólar no mercado internacional foi o principal motivo para a queda dos preços do algodão na bolsa de Nova York na sexta-feira. Os contratos com vencimento em março fecharam a 73,82 centavos de dólar por libra-peso, queda de 42 pontos em comparação aos negócios do dia anterior. O recuo no desemprego nos Estados Unidos fez com que a moeda americana subisse na última sexta-feira. Com isso, muitos investidores transferiram suas aplicações das commodities para o dólar. Segundo um analista consultado pela Bloomberg, os negócios com algodão estão seguindo o fluxo do dólar. No mercado interno, os preços seguiram uma tendência diferente. O indicador Esalq para o algodão terminou a semana valendo R$ 1,3149 por libra-peso, alta de 1,17%.


Melhora na safra. Os preços do milho na bolsa de Chicago fecharam em baixa pelo quarto dia consecutivo na sexta-feira. Os contratos para março fecharam o pregão a US$ 3,88 por bushel, queda de 12,25 centavos em relação ao dia anterior. De acordo com a Bloomberg, as safras dos Estados Unidos e América do Sul estão apresentando melhoras e alguns analistas não descartam a possibilidade de haver um aumento nos estoques do cereal. A maior disponibilidade poderia pressionar os preços e fazer o mercado devolver parte dos recentes ganhos. No Brasil, as chuvas têm beneficiado as lavouras da região Centro-Oeste, e o país pode voltar a ser um exportador importante. Na sexta-feira, o indicador Esalq para o milho terminou o dia valendo R$ 19,70 por saca, alta de 0,83%.


Aumento dos estoques. Os preços do trigo voltaram a cair na bolsa de Chicago na sexta-feira. Os contratos para março recuaram 13,50 centavos de dólar, levando as cotações para US$ 5,58 por bushel. Essa foi a quarta queda consecutiva dos preços do trigo em Chicago. Na bolsa de Kansas, o mercado fechou a US$ 5,49 por bushel, queda de 13 centavos. Existe uma preocupação com o aumento dos estoques mundiais, que podem seguir elevados diante de uma demanda menor. Segundo a Bloomberg, a trader britânica Gleadell Agriculture estimou para a safra 2010/11 um estoque de 200 milhões de toneladas. O número supera as 191 milhões de toneladas estimadas pelo Conselho Internacional de Cereais no mês passado. No mercado do Paraná, a saca de trigo ficou estável em R$ 25,32, de acordo com o Deral.

Mais Notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.