O talento e a competência do presidente do Sindicato Rural de Bauru, Maurício Lima Verde, estão sendo mais uma vez reconhecidos e premiados. Além de já ser o vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), ele assumirá o cargo de vice-presidente da Comissão Nacional do Café, com sede em Brasília (DF), entidade privada responsável por definir as diretrizes que norteiam as políticas federais para o setor.
A posse ainda não tem data marcada, mas está prevista para os próximos dias. A cerimônia será presidida pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Respeitado em todos os setores do mundo do agronegócio, atualmente Lima Verde já é coordenador da Comissão Estadual do Café.
O presidente da Comissão Nacional do Café é Breno Mesquita, de Minas Gerais, Estado que detém 60% de toda produção de café do País. Espírito Santo vem em segundo lugar, seguido pelo Estado de São Paulo. Lima Verde, que também é representante do setor privado na Organização Mundial do Café (OMC), se diz honrado com a escolha.
“Todas as entidades privadas brasileiras têm uma representação, que são os interlocutores do governo. Essa comissão (do café) congrega os principais Estados cafeeiros, que são Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Paraná e Rondônia. As reuniões (da comissão) são feitas uma vez por mês, em Brasília. Eu vou coordenar a área internacional”, diz Lima Verde.
De acordo com ele, 2006 promete ser um bom ano para os produtores, mas também terá situações complexas para serem administradas. Prevê-se que a safra 2005/2006 será a maior da história de mais de 270 anos da cafeicultura no País, com cerca de 45 milhões de sacas colhidas. Contudo, pela primeira vez nos últimos dez anos a oferta será menor do que a demanda pelo produto.
“Estima-se que a proporção será de 108 milhões (de sacas produzidas em âmbito mundial) para 115 milhões consumidas. Ou seja, vai faltar café e isso terá que ser muito bem administrado para não acontecer o que acontece com outros produtos, que quando há falta, o setor intermediário consome (o produto) e não deixa chegar para os produtores. Então é um ano que se prenuncia bom. O preço do café só não subiu ainda porque a expectativa de uma grande safra sempre assusta o pessoal lá fora (mercado externo)”, analisa.
Atualmente, o preço da saca de 60 quilos de café está cotado em cerca de US$ 120. Em 2004, a cotação chegou a US$ 60 em função do excesso de 10 milhões de sacas do produto no mercado mundial. Antes disso, chegou a cair para US$ 40.
Os preços baixos reduzem significativamente a renda dos produtores, gerando impactos econômicos e sociais para as famílias que sobrevivem dessa cultura. Como conseqüência, também são reduzidas as possibilidades das lavouras serem cuidadas da maneira adequada.
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