Expointer | 05/09/2009 | 14h10min
Para Cesário Ramalho, o assunto não pode ser debatido de forma ideológica
Nestor Tipa Júnior | Esteio (RS)
O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho, defendeu, neste sábado, dia 5, o discurso da presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), feito na abertura oficial na Expointer, ocorrida na sexta, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
– Temos que cumprir as leis, chamar a justiça, chamar a autoridade constituída, essa é a defesa. Essa é a defesa de todo e qualquer brasileiro, em todos os recantos do país e em toda e qualquer atividade. O setor rural não deve ser diferente – afirmou Ramalho.
Na sexta, Kátia Abreu disse que se os integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) invadirem terras, os produtores vão fazer valer a lei que permite a legítima defesa. O assunto veio à tona depois de ameaças do MST em invadir terras caso não haja a aprovação dos novos índices de produtividade.
O presidente da SRB acredita que não é o momento de discutir esta questão.
– Acho que é completamente inoportuno o momento para debater esta questão. A agricultura está em crise, com uma crise de renda já histórica. E nós temos o maior problema da história da agricultura que é a questão de meio ambiente – ressalta.
Ele acredita que as autoridades não devem colocar a ideologia à frente dos interesses do setor.
– Nós temos custos e dificuldades e não podemos ficar limitados a questões políticas. Não podemos deixar a ideologia transitar dentro de decisões e pleitos do nosso negócio. Eu tenho que ter o direito de aumentar ou diminuir a produção.
Para Ramalho, é função do Executivo criar oportunidades de acesso à terra para quem não tem.
– Que se crie oportunidades de acesso a terra. E isso cabe ao governo criar programas – salientou.