Sérgio sugeriu ao Ministro a necessidade da criação de um planejamento estratégico a curto, médio e longo prazo, a fim de embasar melhor decisões como esta.
Foto Mesa de Trabalho: Crédito para Federação dos Cafeicultores do Cerrado
Em evento realizado na terça-feira, 14, no Sindicato Rural de Uberaba (MG) que contou com a presença do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, o Presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis voltou a questionar sobre a importação de café conilon, tema que tem preocupado os produtores.
Representando a primeira Denominação de Origem para cafés no Brasil, formada por 55 municípios e 4.500 produtores, Francisco Sérgio explicou ao Ministro que a demora na tomada da decisão levou a uma reação negativa do mercado, ocasionando na queda do preço da saca de café. “Independente de sermos produtores de café arábica ou conilon somos contra a importação, visto que ela impacta diretamente no preço do café pago ao produtor” – afirmou o presidente da entidade.
Sérgio sugeriu ao Ministro a necessidade da criação de um planejamento estratégico a curto, médio e longo prazo, a fim de embasar melhor decisões como esta. O presidente da Federação levantou ainda outro questionamento, o porquê do Governo Federal não ter estudado e avaliado a utilização de mecanismos de mercado já amplamente utilizados no café e em outras culturas, como por exemplo o PEP – Programa de Prêmio para Escoamento de Produto ou ainda o Leilão medidas estas que atenderiam a indústria sem prejudicar a produção, utilizando os recursos do Funcafé.
Francisco Sérgio de Assis em questionamento ao Ministro: Crédito para Marise Romano
O Ministro Blairo Maggi reafirmou na ocasião, que na última sexta-feira, 10, enviou à Camex (Câmara de Comércio Exterior) pedido para que a importação de café conilon seja liberado por um período determinado. Em sua fala o Ministro disse que essa medida atende ao pedido da Indústria que alega sofrer com a escassez do produto. O ministro explicou ainda, que embasou a sua decisão em números oficiais levantados pela CONAB em seu último relatório apresentado a ele, que afirma a existência de 2,1milhões de sacas de café conilon em estoque nas Regiões produtoras.