A avaliação é do gerente do Departamento de Desenvolvimento Técnico da Cooxupé, Mário Ferraz de Araújo. A região envolve o sul e cerrado de Minas Gerais e partes de São Paulo.
Porto Alegre, 9 de novembro de 2017 – As chuvas voltaram às regiões produtoras de café na área de atuação da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) em outubro, mas ainda estão muito abaixo do necessário. A avaliação é do gerente do Departamento de Desenvolvimento Técnico da Cooxupé, Mário Ferraz de Araújo. A região envolve o sul e cerrado de Minas Gerais e partes de São Paulo.
Araújo observa que choveu no final de semana passado, mas as chuvas ainda não se regularizaram. Em meados de outubro abriu a florada principal nas áreas da Cooxupé. Mas os prejuízos já são dados como certos diante da precipitação abaixo do normal e com as “altíssimas” temperaturas.
O último ano com temperaturas tão altas foi em 2007, mas ainda assim 2007 foi abaixo do que está se observando agora. E essas temperaturas elevadas em 2007 geraram perdas em 2008. “Como não terá prejuízo também agora em 2018? A fisiologia da planta não muda”, adverte Araújo. “Além da falta de água, temos as altas temperaturas”, descreve.
Assim, o potencial produtivo na região da Cooxupé não será alcançado. “Não tem como. Mesmo em áreas irrigadas, há o prejuízo pelas altas temperaturas”, garante o gerente. “Imagina onde não é irrigado?”, questiona. “A percepção nossa é que houve já o comprometimento da produção. A supersafra que muitos falavam não vai acontecer”, indica.
É preciso que volte a chover mais para regularizar a umidade. Mas essas chuvas se vierem só vão paralisar o prejuízo. “O prejuízo já ocorreu e não tem como voltar o que perdeu”, defende. As chuvas precisam continuar para que as perdas não cresçam para 2018. Ele destaca que é impossível se estimar o quanto foi perdido do potencial produtivo, é muito precoce esse tipo de avaliação.
Novembro é período crucial pois “agora é a época em que o chumbinho começa a se desenvolver. Portanto, o prejuízo pode aumentar”, avalia.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS