GRONEGÓCIOS
17/10/2011
Preços recebidos pelo produtor agropecuário diminuem 1,49% em SP
São Paulo – O índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo (IqPR) pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria da Agricultura do estado, encerrou a primeira quadrissemana de outubro com variação negativa de 1,49%. Foi a quarta queda consecutiva do indicador, que no período de 12 meses encerrado em setembro acumulou alta de 19,28%.
Conforme o IEA, o resultado da primeira prévia de outubro do IqPR foi definido por novas baixas tanto do grupo formado por seis produtos de origem animal (3,12%) quanto daquele composto por 14 vegetais (0,88%). E se não fosse a apenas leve retração da cana (0,07%), principal produto do agronegócio paulista, a retração do IqPR teria sido maior (2,77%).
Dos produtos vegetais pesquisados, a maior queda foi amargada pelos produtores de laranja destinada às indústrias de suco (14,56%). Outros itens que remuneraram menos foram laranja de mesa (5,66%), trigo (4,53%), feijão (3,67%), amendoim (3,66%), arroz (1,95%), algodão (1,48%) e banana-nanica (0,51%). Houve ganhos nos casos de café (7,8%), soja (4,89%), milho (4,35%), batata (3,69%) e tomate de mesa (2,71%).
“A queda dos preços da laranja para a indústria decorre da magnitude da safra colhida: as agroindústrias estão operando, em plena colheita, no limite da sua capacidade de moagem e em uma realidade de demanda interna plenamente abastecida, o que conduz a uma queda dos preços, atingindo patamares críticos para os produtores, abaixo do preço mínimo [valor referência] acordado entre o governo federal e o setor citrícola. Esse comportamento de baixa se observa também para a laranja de mesa”, diz análise divulgada pelo IEA.
Entre os produtos de origem animal, o destaque foi retração da carne de frango (6,34%), dos ovos (4,99%) e da carne bovina (3,46%). Subiram os preços recebidos pelos produtores de carne suína (4,38%), leite C (4,16%) e de leite B (0,98%).
“Na carne de frango, depois de um período de patamares elevados, os preços internacionais recuam de maneira expressiva. Quando convertidos em reais, chegam muito próximo dos praticados no mercado interno, e, em associação com ligeira redução da demanda, gerou-se um processo que levou a recuos dos preços recebidos.
Nos ovos, o incremento substancial da oferta nas últimas semanas, que finalizou o ciclo de alta dos preços, abriu espaço ao reposicionamento das cotações internas, levando a recuo das cotações”, diz o instituto.
No período analisado, 8 produtos apresentaram alta de preço (5 de origem vegetal, 3 de origem animal) e 12 apresentaram queda (9 de origem vegetal, 3 de origem animal).