Produções menores que o consumo para o café e o cacau devem ajudar a impulsionar o índice de bebidas em quase 19 por cento este ano, mas quedas de 13,5 por cento e 9,2 por cento são previstas em 2006 e 2007, respecivamente.
LONDRES – Os preços mundiais das commodities devem cair em 2006 e em 2007 com a oferta maior que a demanda em algumas áreas, como bebidas, oleaginosas, açúcar e matéria-prima industrial, informou a Economist Intelligence Unit (EIU) na segunda-feira. A EIU disse que seu índice World Commodity Forecasts (WCF) aumentaria 1,9 por cento neste ano, mas que cairia 4,8 por cento em 2006 e 4,2 por cento em 2007. O WCF é um índice de 24 “hard” (metais, petróleo) e “soft” (açúcar, cacau, entre outras) commodities. “Em 2006, um mercado mais apertado em grãos será incapaz de compensar as fracas tendências em muitas das outras commodities”, disse a EIU. A previsão da EIU para o índice de alimentos, grãos para ração e bebidas (FFB) é de que ele caia 1,0 por cento neste ano, 3,6 por cento em 2006 e 0,7 por cento em 2007. O FFB é um índice de 15 soft commodities. O índice de matérias-primas de uso industrial (Industrial Raw Materials-IRM), que tem registrado alta, estimulou o crescimento modesto no índice da WCF neste ano. “O índice IRM vai baixar gradualmente em 2006 e em 2007 à medida que os mercados atingem o superávit (na oferta), diminuindo também o índice WCF”, disse o relatório. O mercado de oleaginosas foi um dos mais fracos de soft commodities, com uma queda de preços de 10,3 por cento, estimada para 2005, e projeções de quedas de 7,9 por cento em 2006 e de 1,8 por cento em 2007. “Grandes estoques de passagem (de oleaginosas) continuarão a reduzir os preços em 2006 e 2007”, disse o relatório. Produções menores que o consumo para o café e o cacau devem ajudar a impulsionar o índice de bebidas em quase 19 por cento este ano, mas quedas de 13,5 por cento e 9,2 por cento são previstas em 2006 e 2007, respecivamente. A EIU disse que as previsões para o café tinham “se tornado mais fracas em antecipação a um retorno de um cenário de oferta maior que o consumo”, enquanto uma expansão das safras de cacau em muitos países produtores colocará forte pressão para a diminuição dos preços