Preços globais dos alimentos caíram 1,6% em 2013, diz FAO

10 de janeiro de 2014 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

09/01/2014 

São Paulo – Os preços globais dos alimentos caíram 1,6% em 2013 por causa da desvalorização dos grãos, do açúcar e do óleo de palma, afirmou nesta quinta-feira, 9, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em reportagem publicada no periódico The Wall Street Journal, dos Estados Unidos. O índice da FAO – que mede a variação mensal das cotações de uma cesta de commodities alimentícias – ficou em 206,7 pontos em dezembro, quase inalterado frente a novembro, mas 8,8% abaixo da máxima histórica verificada em 2011.

 De acordo com a organização, a queda do indicador em 2013 só não foi maior por causa da alta das cotações dos produtos lácteos em virtude de uma estiagem na Nova Zelândia e da forte demanda da Ásia. “A demanda por leite em pó, especialmente da China, continua forte e as processadoras do Hemisfério Sul estão focando esse produto em vez de manteiga e queijo”, afirmou. A FAO acrescentou que a aquecida procura por carnes da China e do Japão também compensou, parcialmente, o declínio dos preços dos grãos, óleos e açúcar.

 Se o pico do índice da FAO em 2011 foi motivado pela escassa oferta de cereais, a recente queda dos preços se deve, principalmente, à expectativa de recomposição do estoque de milho e trigo em 2014. A produção mundial de cereais teve forte crescimento em 2013, após a recuperação da safra dos Estados Unidos e à colheita de grandes volumes em países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI).

 A FAO projeta um aumento de 13% nos estoques globais de cereais em 2013, para 564 milhões de toneladas. A atual perspectiva para o mercado de grãos significa uma drástica reviravolta em relação à safra 2012-2013, que foi prejudicada por uma severa seca. O rali dos preços mundiais – desencadeado pela quebra da produção dos EUA – provocou uma onda de protestos em países como Tunísia, Egito e Líbia, que ficou conhecida como Primavera Árabe.

Fonte: Agência Estado

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