Preços do café recuam mais de R$ 100,00/saca nas últimas semanas e atuais patamares já não cobrem custo de produção

Preços do café recuam mais de R$100,00/saca nas últimas semanas e atuais patamares já não cobrem custo de produção

3 de janeiro de 2017 | Sem comentários Comércio Mercado Interno
Por: Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta | Notícias Agricolas

 


Com o início de 2017, o Notícias Agrícolas conversou com o presidente da
Cooxupé, Carlos Paulino, para relembrar o status do mercado em 2016 e abordar as
tendências para este novo ano, traçando uma perspectiva para os produtores.


Paulino lembra que o último ano, durante boa parte do tempo, foi bom para os
produtores de café arábica, com preços elevados e boa produção. Ao final do ano,
os preços caíram a níveis mais baixos, mas, em contrapartida, os negócios também
pararam.


Na Cooxupé, segundo ele, os produtores aproveitaram os preços altos, de modo
com o qual ele pode classificar que 2016 foi um ano bom. A Cooxupé recebeu 6
milhões e 200 mil sacas, das quais 5 milhões e 800 mil sacas foram embarcadas –
faltando pouco para atingir a meta de 6 milhões. Desta quantidade, 4 milhões de
sacas foram destinadas para a exportação.


O ano foi bom para as vendas internas, que aumentaram devido à quebra do
conilon. Os números devem se repetir em 2017, mas a produção deverá ser menor,
de acordo com levantamento preliminar, por conta da bianualidade e das questões
climáticas, com plantas ainda se recuperando de déficit hídrico.


De acordo com Paulino, a quebra na próxima safra deverá ser de 17%, acima da
média da bianualidade. Ele ainda acredita ser cedo fazer uma estimativa para os
preços, mas vê os fundamentos como positivos.


Na semana passada, o preço do café arábica chegou a R$460 a saca, sendo que,
em outros momentos do ano, já esteve a R$580. Os produtores não vendem e,
segundo Paulino, não podem vender, pois ficariam abaixo do custo de
produção.


Ele lembra também que o café arábica tem produção suficiente para abastecer o
mercado interno. “Basta remunerar o produtor”, destaca. Para o café conilon, ele
diz não ter condições de fazer uma avaliação, mas que é preciso considerar a
necessidade das indústrias neste caso.

Fonte: Notícias Agrícolas

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